Propiciar aos discentes de pós-graduação uma reflexão crítica que – por meio da análise de processos históricos quais o colonialismo e a escravidão, e das suas interligações intrínsecas com a produção de conhecimento e valores modernos – aborde o alcance e os limites do comparativismo, quando pensado a partir de um sistema transnacional, tal como o do Atlântico Negro, de Paul Gilroy. A partir dessas inquietações e tendo em consideração um corpus de obras produzidas na área atlântica da língua portuguesa, a disciplina pretende investigar modos e formas de encenar, na literatura, a experiência urbana contemporânea daquelas cidades (Lisboa, Luanda, Rio de Janeiro, entre outras...) que, de fato, abrigaram os fluxos modernos entre as margens de três continentes.