Durante o período de emergência e consolidação das matrizes teóricas clássicas da antropologia, os estudos de parentesco desempenharam um papel central, acumulando “uma vasta bibliografia que abrange, talvez, mais da metade do total da literatura antropológica” até meados do Século XX (Fox, 1967:10). Esta produção acabou por consagrar o parentesco como plano privilegiado de inteligibilidade, descrição e comparabilidade das formas não europeias de vida social.

Este curso visa oferecer uma introdução geral às teorias do parentesco, cobrindo uma pequena fração desta bibliografia, considerada indispensável para a formação de profissionais em ciências sociais. Embora a sequência de leituras obedeça a uma ordem cronológica, nossa escolha foi organizar o curso como uma reflexão sobre modelos analíticos.