A disciplina tem como objetivo promover uma investigação teórica sobre modalidades de sofrimento psíquico descritas no trabalho terapêutico, considerando principalmente a perspectiva da psicanálise contemporânea, em sua epistemologia e em sua ética. Para isso, propõem-se o estudo das modalidades de sofrimento psíquico em articulação direta com os modos de disponibilidade e enquadramento exigidos para o contato e a efetiva comunicação com tais estados subjetivos. A proposta é de se organizar a discussão em torno de dois eixos principais, que nos parecem incontornáveis em meio ao arcabouço teórico-clínico da psicanálise atual para o atendimento a tais modalidades de sofrimento: as noções de vazio e de simbolização. O que chamamos psicanálise contemporânea se caracteriza pelo “atravessamento de paradigmas”, que favorece leituras e práticas que integram diferenças metapsicológicas e técnicas antes tomadas apenas como opostas sem, no entanto, desconsiderar os paradoxos que possam gerar, mas ao contrário, colocando-os como centrais para o desenvolvimento do pensamento