. Introdução à Museologia
Docente Responsável
Silvia Maria do Espirito Santo
Créditos Aula: 2 - Créditos Trabalho: - Tipo: Semestral
Objetivos
Apresentar os princípios básicos da Museologia. Introduzir as especificidades do tratamento
informacional do documento museológico.
Programa
Fevereiro 29
Apresentação da docente, formação e projetos. Relação de alunos e alunos e alunos com a docente. Objetivos em comum: formação, aprendizagem, ensinagem e resultados como a exposição de avaliação na finalização do curso
1.- Coleção: o objeto e a cultura material cultura material e espaço doméstico, situando a abordagem
“Como as diferenças sociais e de gênero são constituídas no e pelo uso cotidiano de espaços
e objetos domésticos?”
- qual a relação do espaço doméstico e economia?
- matéria, materialidade e representação
- qual a relação das estruturas humanas cognitivas com a materialidade e sistemas políticos
?
Barbuy, Heloisa. Entendendo a sociedade através dos objetos .in :Oliveira ,Cecília Helena
de Salles, coord. Museu Paulista,1895-1995:novas leituras. São Paulo : MP/USP,1995.p.8-
11.il.-
1.1. Cultura Material. Cultura na dimensão social, ciência e entretenimento.
O que é cultura material.
Consumo e objeto
https://www.scielo.br/j/ha/a/68xnZMhnd73FV347vdBrvSH/?lang=pt&format=pdf
Carvalho, Carneiro. Vania. Cultura material, espaço doméstico e musealização. Disciplina:
https://www.scielo.br/j/vh/a/RHStVwb66c3vVtjkGXfbYTg/?lang=pt. Acesso 19 de março de 2023.
1.1.1. Colecionismo, Agenciamento e Circulação
Pearce (2005) oferece um modelo classificando-o como “três realidades” – material, do grupo e individual - e concebe-o como ferramenta analítica para auxiliar a descrição e a definição fornecidas pela formação e pelo uso dos significados da coleção dentro de um grupo.
1.1.2. Os significados são, de certa forma, estáveis por um determinado período, “espaço temporal”. A realidade individual, como não poderia deixar de ser, remete ao indivíduo quanto à interpretação que ele faz do signo. Este poderá ser interpretado de várias formas. O indivíduo frente ao signo faz a sua interpretação e não ao grupo, que impõe a percepção em consenso, embora a antropologia, nos estudos das sociedades simples, aborde a interpretação de signos em significados coletivos.
1.2. Objeto. O objeto museológico, tratamento informacional e conservação.
1.2.1. Neste item, o colecionismo, o agenciamento e a circulação são compreendidos como anéis entrelaçados sem perder o foco da complexidade do ato de colecionar. Tanto na coleção como no processo colecionista, expressam-se as ideologias sociais dos grupos e atribuições dos indivíduos daquelas sociedades. Os objetos colecionados em si não possuem significados construídos socialmente nem lhes são atribuídos significados que dependem (ou não) da interação dos indivíduos para fazer sentido. O que é necessário para que os objetos tenham sentido social.
Frente ao quadro de destaque do problema, surgem quatro níveis para compreender o colecionismo, o agenciamento e a circulação das informações dos objetos que se situam entre a complexidade temática e o uso, entre a análise documental e o domínio dos processos de investigação
1.3. Coleções e Coleções, Arranjos e Organização Informacional
Coleções possuem, além de “coisas” ou objetos, a memória deles. Os objetos aprofundados no campo dos afetos, dos desejos, das novas sensações, das diretrizes de poder, da produção e da eficiência técnica, da velocidade máxima no tempo, entre outros valores dados às coisas presentes, parecem inesgotáveis.
O primeiro nível é aquele que advém da prática do colecionismo pela força do agenciamento, da apropriação dos objetos que objetivam a formação das coleções no tempo e no espaço. Os objetos semióforos, dotados de significados quando são expostos ao olhar não sofrem apropriação física (POMIAN, 1985), entretanto, a sua condição em criar relações metafóricas entre pessoas e o mundo, necessariamente não resultam em garantias de continuidade da tradição, da transmissão de valores ou da sua (re) significação.
O agenciador
O indivíduo colecionista, na qualidade de agenciador das tentativas de racionalizar as ações, infere suas concepções, valores e práticas a partir das questões sociais evidentes no processo de colecionar. A interligação entre o indivíduo e o tais questões também se relacionam em estruturas psíquicas, baseadas em padrões éticos ou estéticos, acompanhando as interações anteriores de seus genitores (FORMANEK, 1994), ainda que na dinâmica social valores influenciem e sejam influenciados.
Por exemplo, ainda no primeiro nível de contato com a documentação museológica, nos registros, a leitura dos documentos de acervos museológicos é permitida por alguma razão, isto é, impressos, manuscritos ou virtuais empregam termos em campos descritivos dos objetos – aquisição por compra, por doação e por receptação, esta última comum em antiquários.
Referência do Programa do Jupiter
Pearce, Susan M. Objects of knowledge. London: Athlone Press, 1990. 235p. (New Research in
Museum Studies: An International Series.
Março – 7-14-
2. Institucionalização e história: do colecionismo ao museu
Rodrigues, Débora de Almeida. O PROCESSO DE INSTITUCIONALIZAÇÃO DO
MUSEU DO INSTITUTO BENJAMIN CONSTANT: PRESENÇAS E AUSÊNCIAS.
Disponível em http://www.unirio.br/ppg-pmus/copy_of_debora_de_almeida_rodrigues.pdf
Bittallo, Marilucia. Os museus tradicionais na sociedade contemporânea: uma revisão –
Disponível em https://www.revistas.usp.br/revmae/article/view/109242. Acesso em 18 de março de 2023
2.1. O objeto fora do contexto e a institucionalização do museu
Rodrigues, Débora de Almeida. O PROCESSO DE INSTITUCIONALIZAÇÃO DO MUSEU DO INSTITUTO
BENJAMIN CONSTANT: PRESENÇAS E AUSÊNCIAS. Disponível em http://www.unirio.br/ppg-
pmus/copy_of_debora_de_almeida_rodrigues.pdf
Bittallo, Marilucia. Os museus tradicionais na sociedade contemporânea: uma revisão – Disponível
em https://www.revistas.usp.br/revmae/article/view/109242. Acesso em 18 de março de 2023
2.2. Instituição museológica e museus da América Latina
- Os regimes autoritários e museus
- O acordo realizado em Santiago do Chile em 1972 e cartas de defesa do patrimônio
Março – 21 - (4 aulas)
2.2. Do colecionismo ao museu. Museu e papel social. Museu da comunidade
Visita ao entorno do Museu Histórico de ordem geral Plínio Travassos dos Santos e do Museu do
Café Francisco Schmidt. Dia 26 de abril
- Formação das coleções dos museus
- Fundação dos Museus. Por quê os museus estão fechados
- A Tulha- referência de restauro e uso e Colonias
Abril 4-11-18-25
3.- Tipologia dos museus: museus nacionais, museus de arte e história, museus de ciência
e tecnologia, museus temáticos, galerias e novas tendências.
- O colecionismo e as tipologias de museus
- O Exemplo do Museu Histórico Plínio Travassos dos Santos de Ribeirão Preto e problemas de
gestão municipal no interior do Campus da Universidade de São Paulo
- “Os Museus no Mundo”
Maio 2-09-16-23-30
4.- O documento museológico: a informação e o tratamento informacional
Bruno, Maria Cristina Oliveira .A pesquisa nos museus. Ciências em Museus v.4,p.27-33, 1992.il.-
Bruno, Maria Cristina Oliveira .Herança cultural: as possibilidades do tratamento museológico.
Cadernos de Museologia, n.p.1-61,1987.il.-
Bruno, Maria Cristina de Oliveira. Museus universitários hoje. Ciências em Museus, n.4, p. 27-33,
1992.-
Junho 05-12-19-26
4.1. O objeto museológico, leitura do objeto, descrição, indexação e acesso.
EXERCÍCIO EM SALA DE AULA DE DESCRIÇÃO DE OBJETOS MUSEOLÓGICOS
A experiência do Diagnóstico do Museu da Medicina da Faculdade de Medicina da USP - RP
4.1. Museu digitais.
Avaliação
Método
Aulas expositivas. Discussão de leituras em sala de aula. Visitas a museus.
Critério
Trabalho e avaliação em debates em sala de aula
Norma de Recuperação
Apresentação de trabalho e/ou realização de prova escrita pelos alunos regimentalmente
habilitados e segundo prazos fixados pelo calendário escolar.
Bibliografia
Barata, Mário. Origens dos museus de história e de arte no Brasil. Revista do Instituto Histórico e geográfico brasileiro, v .147,n.350,p.22-30,jan./mar.1986-
Barbosa, Ana Mae Tavares Bastos . Arte –educação em um museu de arte. Revista USP ,n.2,p.125-132,jun./ago.1989.il.-
Barbosa, Ana Mae Tavares Bastos, ed .O museu de arte contemporânea da Universidade de São Paulo .São Paulo : Banco Safra ,1990.319p.il.col.-
Barbuy,Heloisa .Entendendo a sociedade através dos objetos .in :Oliveira ,Cecília Helena de Salles,coord. Museu Paulista,1895-1995:novas leituras. São Paulo : MP/USP,1995.p.8-11.il.-
Barbuy, Heloisa. Museu e geração de cultura .Cadernos Museologicos,n.2,p.36-40,dez.\1989.-
Barbuy, Heloisa,comp . A cultura e o patrimônio cultural nos textos Constitucionais brasileiros .Revista de Museologia ,v.1,n.1.,v.24 –7,2Sem./1989.-
Barbuy,Heloisa :Fioravante , Mancine Filho.A exposição .in: museu Paulista Da USP .As margens do Ipiranga : 1890-1990:[catálogo de exposição]. SãoPaulo :MP/USP,199-.p.32-3.-
Barcelos Neto ,Aristóteles .Organização de coleções .Ciências em museus,v.4,p.136,1992.- Bardi,Pietro Maria .Museu de arte de são Paulo :São Paulo : Melhormentos,1978.171p.il.-
Barroso, Gustavo Dodt. Introdução à técnica de museus .Rio de Janeiro: Museu Histórico nacional ,1946-7.2v-
Bazin, Germain. El tiempo de los museus. Madrid: Daimom, 1969.299p.il.-
Becherucci, Luisa: Betti. Museologia e método .São Paulo : 1983.np-
Bellaigue, Mathilde. Ecomuseus e arqueologia industrial. Boletim Memória da Eletricidade, n.6,p.6-7,abr.1988.-
Bennett, Tony.The birth if the museum. London: Routledge, 1995.-
Bittallo, Marilucia.Os museus tradicionais na sociedade contemporânea: uma revisão - Bourdieu, Pierre;
Darbel, Alain. L’amour de l’art: les museésd’art européia et leur public.10.ed. Paris; Minut, 1969.249p. (Edição em Português) –
Boylan, Patrick. Museums 2000: politics, people, professionals and profit.London: Routledge, 1992. 216 p. –
Bruno, Maria Cristina Oliveira. A pesquisa em museologia: o programa técnico científico do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo. Ciências em Museus v.3, p.9-26, out/199.il. –
- Docente: Silvia Maria do Espirito Santo