Objetivos

A disciplina visa examinar e discutir parte da bibliografia recente sobre as crises, mais ou menos simultâneas, do capitalismo e das democracias contemporâneas. Da literatura, bastante vasta e diversa em termos de perspectivas teórica e crítica, vai se privilegiar diagnósticos abrangentes – ainda que diversos –, os quais procuram compreender as conexões entre a dimensão material, a político-institucional e a cultural. Em particular, o curso buscará retomar, a partir de distintos pontos de vista sobre a experiência histórica em andamento, a indagação sobre as possibilidades e os limites da complicada relação entre capitalismo e democracia.

Em várias regiões do mundo ocidental, os regimes democráticos passam por um intenso teste de stress, questionados em seus alicerces por ondas de insatisfação popular, as quais se intensificaram a partir de 2008, quando ocorreu a maior crise capitalista desde 1929. Países de longa tradição democrática – os Estados Unidos, assim como os da Europa Ocidental –, veem crescer alternativas autoritárias. Em alguns casos, porta-vozes de tais alternativas alcançaram o governo. Algo semelhante ocorre em regiões de experiência democrática mais recente, como é o caso do Brasil e da América Latina. O tema, candente, tem suscitado intenso debate público e acadêmico, cujo índice é a vasta bibliografia que o aborda. A disciplina pretende examinar os fatores que regem a crise política e institucional, partindo da suposição de que ela guarda estreita relação com a dinâmica do capitalismo contemporâneo e, especialmente, a “grande recessão” iniciada com o colapso financeiro global de 2008.

Metodologia

O curso seguirá o roteiro apresentado abaixo, sendo possível a introdução de ajustes até o início da aula.

 

Avaliação

Os alunos serão avaliados por um trabalho final. Este item também poderá sofrer ajustes.