Discutir o campo ocupado pelo que se designa como teatro documentário, tendo em vista a necessidade de trabalhar um termo agregador, mas sem a intenção de criar rótulos ou de estabelecer uma tipologia sistemática e ordenadora. À procura de conceitos ricos em conteúdo histórico, se apresentará a opção consciente por se documentar, o consequente trabalho com dados não ficcionais e a percepção por parte do espectador da natureza documentária do discurso, enquanto princípios que norteiam as produções de algum modo associadas ao documental. Num segundo momento, verificar e problematizar práticas documentais propostas por grupos de teatro, principalmente paulistanos, que não dissociam o caráter estético do educacional, numa perspectiva que justifica a presença de um olhar imbuído pelos estudos em pedagogia do teatro, presente de maneira sutil ao longo de toda a disciplina.