O objetivo dessa disciplina é apresentar o panorama sobre a discussão do papel das emoções nas Relações Internacionais que vem se desenvolvendo ao longo dos últimos vinte anos, e aprofundar a discussão sobre a relação entre racionalidade e sentimento para uma melhor compreensão de processos políticos tais como a formação de alianças, a cooperação internacional, a guerra e as políticas migratórias.

Governança global é tema essencial, senão a própria razão de ser, dos estudos das relações internacionais. As ênfases, ou os focos analíticos sobre governança, variaram de acordo com realidades vigentes do ponto de vista dos arranjos de ordenamento internacional. Derivaram desses contextos específicos os estudos sobre ordem oligopolizada, hegemonia, bipolaridade, uni-polaridade etc.

No início do século XXI consolida-se a percepção, entre estudiosos e tomadores de decisão, de que a multipolarização do sistema internacional deixa de ser um cenário prospectivo e passa a ser uma realidade. Neste contexto torna-se inexorável o redirecionamento do foco analítico dos estudos sobre governança global para investigações sobre o papel dos regimes e organizações multilaterais, especialmente sob a ótica do papel das potências emergentes como atores chave desse novo formato de governança mundial.

Além da desconcentração de poder, a governança global enfrenta o desafio da amplificação vertiginosa dos temas que passam a ser regulados também no plano dos regimes e organizações multilaterais. Como resultado, ampliam-se as demandas para que os estudos de relações internacionais contemplem questões relacionadas à sobreposição de normas internacionais, à compatibilização entre as normas internacionais e as regulamentações domésticas, aos efeitos da interdependência temática (linked issues) na concepção e gestão de normas internacionais, aos desafios de processos decisórios multilaterais mais inclusos etc.

Sem a pretensão de enfrentar todos os dilemas e desafios acima assinalados, esta disciplina tem por objetivo apresentar uma revisão sistemática sobre os estudos que vinculam governança global e regimes/instituições multilaterais. Trata-se de apresentar o estado da arte dos estudos sobre governança global, em suas diferentes linhagens teóricas e empíricas.


Este curso introduz os alunos de graduação e pós-graduação aos métodos qualitativos de análise empírica em Relações Internacionais. O curso tem como objetivo prover os instrumentos metodológicos mais adequados às escolhas de pesquisa dos alunos. Primeiro, discute-se algumas noções básicas de epistemologia e ontologia em pesquisa científica. Segundo, busca-se cobrir os debates em questões centrais em metodologia qualitativa, tais como estudo de casos, seleção de casos, theory-building, theory-refinement, process-tracing, método comparado, qualitative comparative analysis, mecanismos causais, entrevistas, e análise de conteúdo.
O curso tem dois objetivos principais. Primeiro, consolidar os conhecimentos em métodos quantitativos previamente adquiridos, por meio da aplicação das ferramentas estatísticas e econométricas em Relações Internacionais. Segundo, expandir os conhecimentos por meio da apresentação de técnicas estatísticas mais avançadas. A coleta dos dados, a sua organização, o tratamento, a descrição, a aplicação das técnicas e, por fim, a análise dos resultados.
(i) Discutir o papel dos grupos de interesse como elemento constitutivo dos sistemas políticos, focalizando tanto sua organização interna quanto sua atuação no processo decisório das políticas públicas. (ii) Entender como os grupos de interesse aparecem nas principais discussões da ciência política. (iii) Comparar os grupos de interesse a outros canais de articulação da sociedade com o estado, tais como partidos políticos e movimentos sociais. (iv) Analisar a interação dos grupos de interesse com os três poderes do estado, e as contribuições e problemas que essa interação pode acarretar. (v) Comparar a atuação dos grupos de interesse no Brasil e em outros países. (vi) Discutir estratégias de pesquisa para o estudo da atuação dos grupos de interesse.
O curso tem por objetivo propiciar aos alunos a aquisição de conhecimento acerca da metodologia da pesquisa jurídica e dos elementos básicos conformadores da ordem jurídica global, oferecendo aos que não têm formação em Direito o instrumental necessário à compreensão do componente jurídico das relações internacionais e, aos egressos dos cursos de graduação em Direito, a atualização e o aprofundamento da reflexão sobre a matéria. Adicionalmente, o curso pretende suscitar e debater as grandes questões jurídicas das relações internacionais contemporâneas.
A Economia Política Internacional é um campo de estudos interdisciplinar dentro das relações internacionais por definição. A disciplina se vale de contribuições teóricas da Ciência Política e da Economia para analisar fenômenos internacionais. Do ponto de vista metodológico a Economia Política Internacional abrange um amplo leque de possibilidades de análise. A disciplina tem como objetivo apresentar e estimular a reflexão sobre alguns dos principais temas internacionais por meio de uma abordagem que combina variáveis econômicas e políticas. Um objetivo adicional da disciplina é apresentar e discutir a metodologia aplicada nas áreas tratadas pela EPI através da leitura de artigos dedicados a estudos empíricos e desenvolvimentos teóricos. Cada aula será terá como foco um tópico específico. A dinâmica das aulas poderá variar, mas a proposta geral é que se tenha uma parte expositiva em que pontos básicos (ou esclarecimentos) do tema sejam tratados de forma a introduzir o tópico, trazer seu estado das artes, assim como os conceitos e teorias necessários para sua compreensão. Em um segundo momento, os estudantes apresentarão seminários a cada semana, durante os quais é esperada ampla e viva participação de todo o grupo.
A disciplina combina análise de problemas envolvendo assimetria de informação e suas soluções propostas em aplicações para bens de informação e de tecnologia da informação.