A ideia de que todo ser humano vivo habitando esta biosfera um dia irá morrer e servir de alimento para decompositores, não agrada a muitos. Morrer de causas naturais como a idade, é diferente de partir por devido a um câncer que ocorreu na juventude. E na busca por diminuir este sofrimento humano causado por doenças, a Medicina tem obtidos incansáveis resultados positivos. Porém, em formas de medo humano ou interesses financeiros e políticos, diversas formas de tratamentos pseudocientíficos fizeram seu nome e até se transformaram em especialidade médica. Estamos falando da homeopatia!


Existem diversas formas de tratamentos homeopáticos. O grande fator que norteia seu aparente sucesso são os relatos de bem-estar obtidos pelos pacientes após terem sido tratados. Digo aparente pois os efeitos observados nessas situações são semelhantes (senão idênticos) aos observados em testes placebos - principalmente nos tratamentos contra a dor. Todo o resultado de saúde obtido pelo tratamento vem da crença adquirida pelo cérebro, que ativou mecanismos biológicos, e não pelo medicamento em si. Embora lendo pareça promissor, assim como não existe efeito placebo que recupere uma perna decepada, não existe (ou haverá) tratamento homeopático que combate bactérias, vírus, cânceres, doenças imunológicas e por aí vai.


Para falar sobre o tema com maior precisão, e fornecer fontes de leitura para quem deseja construir base de argumentos para explicar a ineficácias destes tratamentos, disponibilizo o seguinte vídeo do canal Nerdologia. Nele, é apresentado uma longa literatura de formas de tratamentos que foram aplicados em pacientes ao longo da história da medicina, e também princípios que norteiam o tratamento homeopático.




Atualmente, o Sistema Unificado de Saúde (SUS) oferece cerca de 29 tratamentos da medicina alternativa, incluindo a homeopatia. Cerca de 5 milhões de pessoas procuram este tipo de serviço, em mais de 3 mil cidades contempladas pelo atendimento. Embora exista público satisfeito com a prática, não é difícil concluir com a bagagem adquirida nesse material o desperdício de dinheiro que isto representa, quando essas verbas poderiam estar indo, por exemplo, para bolsas de programas de pós-graduação de pesquisa farmacêutica e medicinal.


NOTA: Embora este material complementar pareça desconexo com a aula, "remédios" homeopáticos conseguem tomar lugar de fármacos desenvolvidos com anos de experimentos em laboratórios. A preocupação com a procura destes "remédios" pode acabar se tornando um caso de saúde pública, como nos EUA que vetou que tais produtos devessem vir rotulados com a seguinte frase: "não há nenhuma evidência científica de que o produto funciona e que as alegadas indicações baseiam-se apenas em teorias da homeopatia do século XVIII que não são aceitas pela maioria dos especialistas médicos atuais". 

Last modified: Friday, 16 November 2018, 6:23 AM