A disciplina PMT3505 é uma evolução da disciplina PMT2406 - Mecânica dos Materiais Metálicos da EC2. Ela é diferente do que você está acostumado(a). No seu contexto histórico ela se originou de PMT0486 - Mecânica dos Materiais II, a continuação de PMT0485 - Mecânica dos Materiais I, disciplinas da EC1, cada uma com 4 créditos e as duas obrigatórias para os dois cursos (Metalurgia e Materiais). Com a entrada em vigor da EC2 (2002 para o quarto ano dos alunos que ingressaram em 1999) a situação se alterou, foram introduzidas PMT2405 e PMT2406, a primeira obrigatória para os dois cursos e a segunda obrigatória apenas para o curso de Engenharia Metalúrgica. Nesta nova situação fui obrigado a reformular totalmente as duas disciplinas, condensando o conteúdo de 8 créditos/ano em 4 créditos em um único semestre. Como subproduto, entretanto, PMT2406 se encontrou em uma situação inusitada: a rigor todo o conteúdo importante já havia sido dado em PMT2405, sobrava portanto a PMT2406 reforçar estes conteúdos e aprofundá-los, tratando de assuntos que normalmente não se discute detalhadamente em um curso de graduação.

Desde a primeira edição, portanto, esta disciplina se viu em uma situação privilegiada, com uma liberdade não usual de um conteúdo programático fixo. Resolvi portanto adotar algumas táticas propostas pelos profissionais de Pedagogia Universitária, criando um curso misto  no estilo "Aprendizado baseado em problemas" (problem based learning, PBL) em que aulas participativas e dialogadas são desenvolvidas em paralelo a um projeto experimental proposto pela classe. No início, por exemplo, eu abria a possibilidade à classe de construir comigo o conteúdo da disciplina na primeira aula. Após algumas edições, entretanto, este conteúdo convergiu para o que está descrito na ementa hoje, mantendo-se a possibilidade de adaptações eventualmente propostas por alunos.


Com a entrada em vigor da EC3 eu reformulei a disciplina. Um primeiro aspecto foi a alteração do nome. Eu sempre considerei Mecânica dos Materiais Metálicos inadequado para essa disciplina. Tratamos de aspectos, como textura cristalográfica e recristalização, que não são estritamente mecânicos. Assim resolvi chamar a atenção para o fato de que o que discutimos é uma evolução da Metalurgia Física que você já aprendeu, mas com uma ênfase para os aspectos mecânicos aplicados a metais, o que define a Metalurgia Mecânica.  De resto foram feitas pequenas alterações no cronograma e nos momentos de avaliação e para 2019 haverá um segundo artigo em inglês a ser discutido, na Atividade do Módulo 4.

O caráter participativo da disciplina requer que você se empenhe (participe) nas atividades. Isto será considerado com um grande peso no critério de avaliação, que será descrito mais adiante. Um item importante é o projeto experimental da disciplina (o conteúdo PBL). Este projeto diverge de um laboratório convencional no sentido de que você, em comum acordo com seus colegas e comigo, irá definir o que deseja investigar. O tema pode ser induzido pelo professor ou é livre, partindo da iniciativa dos alunos, sujeito a duas condições:
1) O tema deve ser relevante para os assuntos discutidos na disciplina e
2) O tema deve ser compatível com os recursos disponíveis (tanto em pessoal quanto em infraestrutura).

Estes dois aspectos serão negociados com o professor nas primeiras semanas de aula.

O projeto experimental é de responsabilidade da classe inteira e será avaliado no final quanto aos seus objetivos alcançados dentre os que foram propostos, recebendo uma nota P, comum a todos os alunos. Para auxiliar na tarefa introduzi três momentos em que farei uma avaliação parcial (com atividades a serem entregues pelos alunos). Na avaliação dessa atividade eu levo em conta não apenas os conteúdos cognitivos, mas também os conteúdos atitudinais (por exemplo, a organização das atividades, a cooperação de toda a classe com o objetivo comum, entre outros). 

O conteúdo que será desenvolvido nas aulas (verdadeiramente) expositivas e dialogadas está distribuído em quatro módulos:

Módulo 1 - Heterogeneidades de Deformação 
Módulo 2 - Deformação a quente de metais e processamento termomecânico
Módulo 3 - Texturas de deformação
Módulo 4 - Estruturas de deformação em fadiga

Apesar de parecerem desconexos em princípio, estes assuntos tem uma forte interrelação e se reforçam mutuamente.

Ao final de cada módulo haverá um teste on-line que será  desenvolvido aqui, no moodle, permanecendo aberto por uma semana. Essa é a única dimensão em que apenas os conteúdos cognitivos são avaliados e é a única estritamente individual. Cada teste terá aproximadamente 20 a 40 questões e a média aritmética das notas obtidas será designada por T.

Por fim, ao longo do curso (tipicamente próximo do fim de cada módulo) haverão atividades em grupo para serem desenvolvidas. Estas atividades terão uma nota atribuída à participação do aluno (participação corresponde, entre outras coisas, a estar presente na atividade), ou seja, o que será avaliado não é o conteúdo e sim a disposição que você terá em discutir os temas, portanto um conteúdo atitudinal. Você verá que, nestes casos, o conteúdo cognitivo vem automaticamente. A nota de participação nas atividades será designada por A e será atribuída ao grupo de alunos que a desenvolveu (não necessariamente o mesmo para todas as atividades).

O critério de avaliação é baseada em uma nota M, calculada da seguinte forma:

M = (2P + T + A)/4

O critério de aprovação é, como sempre, M >= 5,0 com 70% de frequência.

O professor se reserva o direito de adequar (para mais, sempre) o conceito de alunos que se destaquem pela participação nas atividades, sempre num critério subjetivo.

Note o papel relevante do projeto experimental na composição de M. Um projeto bem desenvolvido contribui para a aprovação de todo mundo na classe. Outro aspecto notável é que a participação nas atividades contribui para o sucesso nos testes, portanto, tudo se resume em presença. Evite faltar (a frequência será controlada rigorosamente nesta disciplina, mas o ideal é que você não falte uma aula sequer).

Por fim, a bibliografia. Esta disciplina faz uso de alguns capítulos de um livro-texto:

Tschiptschin, A. et al. (eds.) Textura e relações de orientação: Deformação plástica, recristalização e crescimento de grão, 2a. Ed. IPEN:São Paulo-SP, 2003. 

Este livro foi fruto de um projeto de pesquisa desenvolvido no Departamento, coordenado pelo Prof. Padilha e, infelizmente, não pode ser adquirido na praça. Há, entretanto, um número considerável de cópias na biblioteca do PMT. 

Os capítulos que serão estudados são, em princípio:

Capítulo 1, Capítulo 2, Capítulo 3, Capítulo 8, Capítulo 13, Capítulo 14, Capítulo 17, Capítulo 21 (não necessariamente nesta ordem). A pedidos outros capítulos podem ser incluídos.

Última atualização: quarta-feira, 13 fev. 2019, 15:26