Programação
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Objetivo do curso
O curso tem por objetivo introduzir as principais correntes teóricas que marcaram o início da disciplina e o debate normativo das relações internacionais. A proposta é discutir obras clássicas, conceitos e os desdobramentos das teorias clássicas das RI.
Ementa da disciplina
Estudo dos principais autores e correntes do pensamento clássico nas relações internacionais, do início do século XX à década de 1970: idealismo, realismo, marxismo, liberalismo, seus desdobramentos e seus críticos. Discussão das abordagens metodológicas em RI.
Metodologia e Avaliação
§ Aulas expositivas, debates e seminários de discussão.
§ Leituras obrigatórias e complementares (textos disponíveis no moodle).
Avaliação: I. uma prova individual, escrita e sem consulta (30%). II. Quatro exercícios em grupo e dois Debates em sala de aula (20%). III. Trabalho final (individual ou em grupo) (50%).
§ Todos os alunos deverão fazer pelo menos 3 exercícios ao longo do curso. Caso o aluno tenha feito os 4 exercícios, a menor nota será excluída.
§ O trabalho deverá ser enviado, em formato PDF, até o dia 04/12/2017.
Roteiro de Aulas
- Fundamentos da disciplina de Relações Internacionais
- O debate metodológico das Relações Internacionais
- Idealismo: a perspectiva da paz e da ordem internacional
- Realismo: anarquia e poder nas Relações Internacionais
- Escola inglesa e o debate da sociedade internacional
- O pensamento liberal nas Relações Internacionais
- Liberalismo: interdependência e cooperação
- Marxismo e a Teoria do Imperialismo
- Desdobramentos das Teorias de RI no pós-Guerra Fria
Entrega do trabalho final: dia 04/12/2017, segunda-feira, pelo moodle.
O trabalho pode ser feito individualmente ou em grupo.
Tema à escolha do aluno, a partir do debate ou de uma das vertentes teóricas da segunda parte do curso (Teoria Marxista ou Teoria Liberal).
Formato: Entre 5-8 páginas.
Times new roman 12, espaço 1,5.
Monitoras:
Ana Balbachevsky Guilhon Albuquerque (noturno)
anabalbasky@usp.br
Mariana Montebugnoli (diurno)
mari.montebugnoli@gmail.com
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A evolução do campo de estudo de RI: metodologia e abordagens teóricas
Apresentação das diferentes abordagens teóricas e do processo de constituição das Relações Internacionais como campo de estudos acadêmicos.
Apresentação do programa da disciplina, metodologia de trabalho e avaliação.
Leitura recomendada: Walt, Stephen M. (1998), International Relations: One World, Many Theories. Foreign Policy, nº 110, Special Edition: Frontiers of Knowledge. Spring, pp. 29-46.
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Teoria Idealista e a perspectiva cosmopolita das Relações Internacionais
O debate político sobre a construção da área, a partir de uma abordagem normativa.
Leituras: Waltz, Kenneth (1962), Kant, Liberalism, and War. The American Political Science Review, vol. 56, nº 2, June, pp. 331-340.
Nour, Soraya (2003), Os Cosmopolitas. Kant e os ‘Temas Kantianos’ em Relações Internacionais. Contexto Internacional, vol. 25, nº 1. Rio: IRI-PUC/RJ, janeiro/junho, pp. 7-46.
Kegley Charles W. (1993), The Neoidealist Moment in International Studies? Realist Myths and the new International Realities. International Studies Quarterly, no 37, pp. 131-146.
EXPLICAÇOES PARA A PRIMEIRA GUERRA?http://www.e-ir.info/2013/10/05/chain-ganging-and-the-outbreak-of-world-war-i-causation-or-coincidence/
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As origens do Realismo Clássico
A Teoria Realista e a busca de consolidação de uma teoria das Relações Internacionais.
Leituras: Morgenthau, Hans (2003), A Política entre Nações. Brasília: UnB/IPRI, pp. 3-28 e 49-85.
Jervis, Robert (1994), Hans Morgenthau, Realism, and the Scientific Study of International Politics. Social Research, vol. 61, nº 4, Winter, pp. 853-876.
Bull, Hedley (1981), Hobbes and the International Anarchy. Social Research, vol. 48, nº 4, Winter, pp. 717-738.
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Filme: The Whistle Blower (A Informante)
A policial Kathy Bolkovac é convidada pelas Nações Unidas para participar da pacificação da Bósnia e acaba descobrindo um escândalo sexual encoberto pela ONU.
Após o filme faremos o primeiro exercício em grupo (vale nota).
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A Teoria Realista e o estudo da política internacional
Os desdobramentos da teoria realista e a retomada do debate com os idealistas.
Exercício II
Leituras: Carr, E.H. (2001), O poder na política internacional. Vinte Anos de Crise (1919-1939). Brasília: UnB/IPRI, pp. 135-188.
Grieco, Joseph (1997), Realist Theory and the Study of World Politics. Doyle, Michael & Ikenberry, John. New Thinking in International Relations Theory. Boulder, CO: Westview Press, pp. 163-201.
Buzan, Barry (1984), Peace, Power, and Security: Contending Concepts in the Study of International Relations. Journal of Peace Research, vol. 21, no, pp. 109-125.
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A Questão da Ordem Internacional na perspectiva da Escola Inglesa
A proposta de análise da Escola Inglesa e a proposta de uma sociedade internacional.
Leituras: Bull, Hedley (2002), A Sociedade Anárquica. Brasília: UnB, pp. 7-64.
Hoffman, Stanley (1986), Hedley Bull and his contribution to International Relations. International Affairs, vol. 62, no 2. Spring, pp. 175-195.
Fonseca Jr., Gelson (1998), A questão da ordem internacional: comentários a partir das ideias de Hedley Bull. A legitimidade e outras questões internacionais. São Paulo: Paz e Terra, pp. 33-93.
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A Sala será dividida em dois grupos e debateremos um tópico a partir da perspectiva realista e idealista
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Individual e sem consulta
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Liberalismo e Relações Internacionais
A introdução de variáveis econômicas na compreensão das Relações Internacionais.
Leituras: Moravcsik, Andrew (1997), Taking Preferences Seriously: a Liberal Theory of International Politics. International Organization, vol. 51, nº 4, pp. 513-553.
Zacher, Mark W. & Matthew, Richard A. (1995), Liberal International Theory: Common Threads, Divergent Strands. Kegley, Charles (ed.). Controversies in International Relations Theory. Belmont, CA: Wadsworth Group, pp. 107-150.
Keohane, Robert (1996), Soberania estatal e instituições multilaterais: respostas à interdependência assimétrica. Moisés, José Álvaro (ed.). O futuro do Brasil. A América Latina e o fim da Guerra Fria. São Paulo: Paz e Terra, pp. 165-191.
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HAVERÁ AULA (reposição da aula do dia 19/10)!
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Desdobramentos do Liberalismo: interdependência e cooperação
Atores estatais e não-estatais: Preferências e interação estratégica no sistema internacional.
Exercício III
Leituras: Nye Jr., Joseph & Keohane, Robert (eds.) (1971), Transnational Relations and World Politics. An introduction. International Organization, vol. 25, nº 3. Summer, pp.329-349.
Nye Jr., Joseph & Keohane, Robert (1987), Power and Interdependence Revisited. International Organization, vol. 41, nº 4, pp. 725-753.
Zürn, Michael (2001), From interdependence to globalization. Carlsnaes, Walter, Risse, Thomas & Simmons, Beth (eds.). Handbook of International Relations. London: Sage Publications, pp. 235-253.
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DEBATE II: Liberalismo x Marxismo
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O debate teórico das Relações Internacionais no Pós-Guerra Fria
As mudanças das Relações Internacionais e os novos debates teóricos.
Leituras: Soares de Lima, Maria Regina (1996), Teses equivocadas sobre a Ordem Mundial pós-Guerra Fria. Dados – Revista de Ciências Sociais, vol. 39, nº 3, pp. 393-421.
Herz, Monica (1997), Teoria das Relações Internacionais no Pós-Guerra Fria. Dados – Revista de Ciências Sociais, vol. 40, nº 2, pp. 307-324.
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Marxismo e a Teoria do Imperialismo
A questão da exploração e desigualdades no sistema internacional.
Exercício IV
Leituras: Vigevani, Tullo; Martins, Aline Regina; Miklos, Manoela & Rodrigues, Priscila (2011), A contribuição marxista para o estudo das Relações Internacionais. Lua Nova, 83, pp. 111-143.
Dougherty, James E. & Pfaltzgraff Jr. (2003), Teoria Marxista e Teoria da Dependência. Relações Internacionais. As teorias em confronto. Lisboa: Gradiva, pp. 545-585.
Cox, Robert (1986), Social forces, states and world orders: beyond International Relations Theory. Keohane, Robert (ed.), The Neorealism and its critics. New York: Columbia University Press, pp. 204-254.
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Prova Substitutiva