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O longa-metragem vem a apresentar, de forma elementar, o rúgbi em cadeira de rodas, que é praticado por pessoas com os mais variados graus de deficiência física.
Paralelamente, é acompanhada a trajetória de Joe Soares, ex-jogador da seleção norte americana de rúgbi de cadeira de rodas e medalhista de ouro na modalidade nas paralimpíadas de Atlanta (1996)1, que, inconformado por ter se sido cortado da seleção logo após o evento, mudou-se para o Canadá para ocupar o cargo de técnico da seleção canadense, passando a avocar a figura de um traidor, ao passo que levara consigo as estratégias adversárias, e por conseguinte, acirrando a rivalidade entre as equipes dos Estados Unidos da América e Canadá.
A história de diversos atletas é exposta, de forma a explicitar suas respectivas adversidades e limitações, mas, ao mesmo tempo, sua independência e potencialidades. Em momento algum se atribui aos protagonistas o estereótipo marasmático de pessoas menos capazes, mas sim, é ressaltada a sua virilidade e o propósito de seguir adiante.
O documentário retrata, ainda, a luta de Keith Cavill, um jovem recém acidentado que, letargicamente, tenta retomar à vida após o trauma, enxergando no esporte, uma possibilidade de reinserção na vida cotidiana.
Ora engraçado, ora comovente, segue-se alternando o ritmo da trama, intercalando momentos de humor e sensibilização, em uma trajetória não linear no tocante à paraplegia, desmistificando incoerências tomadas como verdades pelo senso comum, por meio da articulação a um caráter educativo, mas sem perder o foco da proposta e/ou caminhar para monotonia. Em um desfecho clássico de metragens baseados em fatos reais, o destino pós-filmagem dos protagonistas é revelado.
Distante de um conto de fadas, o documentário Muderball – Paixão e glória traz ao público, por meio de um linguajar simples e compreensível, histórias reais e idiossincráticas de superação e luta. Transita desde a consagração do triunfo ao amargo sabor dos revezes, sem utilizar da dramaturgia para expor o real intento proposto pela obra.
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A curta retrata questões da acessibilidade urbana, mas devemos levar esses princípios para dentro dos clubes e escolas tornando nossos espaços de aula cada vez mais inclusivos.
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Palestrante: Jaqueline Marinho
Dia: 31 de maio de 2022
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