Programação

  • LPV 0564: Produção de Algodão, Café e Agroecologia (2020)


    Contato dos docentes responsáveis:

    José Laércio Favarin - favarin.esalq@usp.br

    Carlos Armênio Khatounian - armenio.esalq@usp.br

    Rafael Munhoz Pedroso - rmpedroso@usp.br


    Cronograma de aulas:

    https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5499673/course/section/6007312/Cronograma%20aulas%20LPV0564%202020.pdf

     

    Seção de notas:
    Notas - Avaliação Algodão (Turma téorica da manhã): https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5499673/course/section/6007312/Matutino.pdf

    Notas - Avaliação Algodão (Turma teórica da tarde): https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5499673/course/section/6007312/Tarde.pdf


    Links para conteúdo gravado:

    Aula Algodão (Plantas Daninhas) 30/09, turma da manhã: https://drive.google.com/file/d/1ylF_afCySZHU5J283lYUSwcDJasSe1tx/view?usp=sharing

    Aula Algodão (Plantas Daninhas) 30/09, turma da tarde: https://drive.google.com/file/d/1AYPr_aDHsAVFlCTrGcuW04ivfkYI74bE/view?usp=sharing


    Recomenda-se aos alunos que mantenham controle sobre suas faltas na disciplina.


  • 19 ago Aula 1- Agroecologia : a espécie humana como entidade biológica, domesticação de plantas e animais, dietas dos povos agrícolas.

    Origem, evolução e conformação atual da espécie humana enquanto entidade biológica. Busca-se entender como nossa espécies foi moldada e molda o ambiente em que vive. Exploramos  as preferências de consumo por distintos tipos de alimentos (sal, açúcar, gorduras, carne) na perspectiva evolutiva, e suas consequências sobre o quadro de enfermidades que afetam as populações humanas contemporâneas ricas. 

    Em sequência, focalizamos a origem da agricultura e a domesticação de plantas e animais, e a formação das dietas dos povos agrícolas modernos. 

    Referências de leitura: 

    - Heiser Jr, Charles. Sementes para a civilização, sobre a domesticação de plantas e animais.

    - Mazoyer, Marcel. História das agriculturas no mundo. Sobre a origem da agricultura, agricultura primitiva e domesticação de plantas e animais. (disponível em pdf na rede)

    - Dorst, Jean. Antes que a natureza morra. Sobre o impacto da espécie humana na natureza, desde a pré-história. Ou, noutra perspectiva, sobre a espécie como um importante fator na conformação das paisagens e biomas no planeta. 


    - Atividade para realizar em casa: assistir com atenção o vídeo do projeto cana verde, na rede. 







  • 26 ago Aula 2- A criação e a manutenção da fertilidade na natureza

    Um fato presente desde o início da agricultura é o decaimento o potencial de produção dos terrenos após a substituição da cobertura vegetal natural por cultivos agrícolas. Esse fato obrigou a constante migração das áreas de cultivo ao largo do espaço geográfico. Outro fato observado desde essa mesma época era que o potencial de produção podia se recuperar, quando se permitia a recomposição da vegetação natural sobre o terreno após os anos de uso agrícola. Assim, a sobrevivência humana baseada na agricultura implicava numa sucessão de fases de desgaste do potencial de produção (o uso agrícola) e fases de recomposição desse potencial (o pousio). Contudo, esse sistema de recuperação entra em colapso quando o processo de regeneração da vegetação natural se torna insuficiente, normalmente devido à (1) baixa pluviosidade, (2) presença de animais de pasto ou (3) tempo insuficiente de pousio. 

    Na história da agricultura brasileira, o tempo de cultivo no bioma da Mata Atlântica foi de 20 a 30 anos, após o que os terrenos anteriormente florestados estavam convertidos em pasto ralo, capaz de suportar apenas a pecuária extensiva.  

    Na segunda metade do século XX, a utilização de insumos industriais permitiu reconverter parte das áreas degradadas à produção de cultivos agrícolas. Contudo, a aplicação continuada desses insumos terminou por minar as condições do meio necessárias para boas respostas a esses mesmos insumos. As respostas menores levam à utilização de doses crescentes desses produtos  e causam efeitos indesejáveis no meio ambiente, nos produtos colhidos e nas populações humanas. Há uma grande demanda social para que a ciência e a tecnologia agrícola corrijam esses efeitos indesejáveis.

    Nesse quadro, duas questões são muito relevantes para que se possa atender a expectativa da sociedade. A primeira é por que o potencial de produção se desgasta com o uso agrícola. A segunda é como a natureza recompõem esse potencial. Se formos capazes de entender esses dois processos, poderemos tentar reduzir o decaimento do potencial, por um lado, e, por outro lado, tentar incorporar os mecanismos de recomposição da natureza no desenho e no manejo dos sistemas agrícolas . Entender como se dão esses dois processos é o objetivo dessa aula. 

    Vídeos a assistir na internet: 

    - Fazenda Malunga. Termo de busca: Fazenda Malunga globo rural.  Reportagem em 3 partes.

    - Agricultura sintrópica. Termo de busca: globo rural dia 06/08. Segundo bloco, de 13'24"em diante.


    Leitura:

    Khatounian, C. A. A reconstrução ecológica da agricultura. Capítulo "A Natureza como Modelo"



    Verneck (Barão de Pati do Alferes): depoimento de produtor de  café do segundo império.


  • 02 set Aula 3- Os animais no sistema. Diretrizes da natureza para criar e manter a fertilidade do sistema

    Na história das ciências agrárias, o potencial de produção dos sistemas agrícolas tem sido associado à fertilidade do solo, o que direciona a atenção dos técnicos e dos agricultores para o solo. Os avanços no conhecimento da nutrição mineral de plantas nos últimos 150 anos e a crescente utilização de adubos minerais depois da Segunda Grande Guerra restringiram ainda mais o foco da fertilidade para a química de solo. Efetivamente, os compêndios atuais que tratam da fertilidade são quase que exclusivamente textos de química de solo. Contudo, o potencial de produção dos sistemas agrícolas, a longo prazo, depende de uma série de fatores que vão além da química do solo. E as boas propriedades do solo dependem, por sua vez, de fatores ligados à cobertura vegetal, ao clima, ao manejo dos animais etc. Por essas razões, a manutenção do potencial de produção, a longo prazo, exige uma abordagem mais ampla, uma vez que está associado ao sistema como um todo, o que nos leva ao conceito de fertilidade do sistema. Esse conceito, de fertilidade do sistema, e sua aplicação na prática agrícola, é o assunto desse módulo.


    Vídeos a assistir na internet: 

    - Café biodinâmico na Chapada Diamantina. Reportagem Globo Rural 15 minutos. .


    Leitura:

    Khatounian, C. A. A reconstrução ecológica da agricultura. Há nesse texto dois capítulos sobre o assunto, um sobre o conceito de fertilidade do sistema e outro sobre o manejo da fertilidade do sistema.




  • 09 set, Aula 4. Diretrizes da natureza, continua. Agricultura Orgânica, normas.

    Como abordagem conceitual e metodológica, a Agroecologia pode ser utilizada paraestudar qualquer tipo de sistema de produção agrícola. Contudo um campo particularmente rico na utilização das informações trazidas pela Agroecologia é a Agricultura Orgânica. E isso decorre de uma condição de entendimento muito simples. A Agricultura Orgânica é um modo de produção definindo em lei, presente em códigos nacionais e internacionais, e exclui amplamente a utilização de insumos químicos. Para controlar os problemas tratados com insumos químicos na agricultura convencional, a agricultura orgânica faz uso das informações que a Agroecologia traz à tona.

    Embora os meios oficiais e a indústria química afirmem que não há problemas com a utilização de insumos químicos, há uma parcela da população que não acredita nisso, a ponto de pagar mais caro por produtos de qualidade orgânica garantida. 

    No Brasil, o sistema de garantia de qualidade orgânica é coordenado pelo MAPA, e se baseia em distintos mecanismos conforme o produto e de acordo com o nível de organização dos produtores.

    No encontro de hoje, nosso foco é o sistema brasileiro de garantia de qualidade orgânica, e o conteúdo das normas.


  • Aula Prática 4: experimentos pedagógicos

    • A descrição dos arquivos está em arquivo anexo próprio.


  • Semana 6 (16 a 18/09) - Algodão: usos, origem, botânica e mercado

    Links para aulas gravadas

    Aula teórica 1 - Prof. Ciro Antônio Rosolem 

    Algodoeiro - usos, origem, mercado => https://drive.google.com/file/d/1ZTDwshkOsPdvr25_r2uXC-5SRUHnzhAW/view?usp=sharing

    Histórico e desenvolvimento no mundo => https://drive.google.com/file/d/1bZ0p4o62ryeHcmGoQywK3rJYJuzdwOF1/view?usp=sharing 


    Aula prática 1:  Prof. Ciro Antônio Rosolem

    Botânica e descrição => https://drive.google.com/file/d/1a9UQheQcESuRALJKsDFwtzl7cBaEW0LM/view?usp=sharing

    Melhoramento e variedades => https://drive.google.com/file/d/1sLrOr4mqjav4S_ddOLf0g5yj_PwSGNl0/view?usp=sharing



  • Semana 7 (23 a 25/09) - Algodão: ecofisiologia, manejo do solo e nutrição

    Aula teórica 2 - Prof. Ciro Antônio Rosolem (vídeos em torno de 35 a 40 min. cada)

    Algodoeiro - ecofisiologia I / Algodoeiro - ecofisiologia II / Algodoeiro - ecofisiologia III (luz e fotossíntese)

    Aula prática 2:  Prof. Ciro Antônio Rosolem

    Manejo do solo para a cultura do algodão / Nutrição e adubação do algodoeiro I / Nutrição e adubação II


    O link para acesso à pasta do Google drive com os 6 vídeos acima é o seguinte (lembre-se de estar logado com seu email USP para acesso): https://drive.google.com/drive/folders/1A2EmyPFcLoVHdHkYq8QRG76Obpk4kYZx?usp=sharing



  • Semana 8 (30/09 a 02/10) - Algodão: manejo de plantas daninhas, semeadura e uso de reguladores

    Aula teórica 3 - Prof. Rafael Munhoz Pedroso (Manejo de Plantas Daninhas, aula ao vivo) - link para vídeo gravado na aula ao vivo:

    Turma da manhã - https://drive.google.com/file/d/1ylF_afCySZHU5J283lYUSwcDJasSe1tx/view?usp=sharing

    Turma da tarde - https://drive.google.com/file/d/1AYPr_aDHsAVFlCTrGcuW04ivfkYI74bE/view?usp=sharing


    Aula teórica 3:  Prof. Ciro Antônio Rosolem Algodoeiro - semeadura e tratos culturais


    Aula prática 3:  Prof. Ciro Antônio Rosolem Reguladores de crescimento e maturadores


    O link para acesso à pasta do Google drive com os vídeos gravados pelo Prof. Ciro Rosolem é o seguinte (lembre-se de estar logado com seu email USP para acesso): https://drive.google.com/drive/folders/1ZDhNe1Lndd3irbRY9Qjwe7OYVhpi9rSo?usp=sharing


    • Arquivo ícone
      Slides Aula Manejo de Plantas Daninhas Algodão Arquivo
      Disponível se quaisquer:
      • Você faz parte de T-LPV0564-2020201
      • Você faz parte de T-LPV0564-2020202
  • Semana 9 (07 a 09/10) - Algodão: manejo de pragas e doenças; colheita e beneficiamento

    Aula teórica 4 - Prof. Ciro Antônio Rosolem 

    Doenças do Algodoeiro

    Pragas do Algodoeiro

     

    Aula prática 4:  Prof. Ciro Antônio Rosolem

    Colheita e beneficiamento do algodão

     

    O link para acesso à pasta do Google drive com os 3 vídeos acima é o seguinte (lembre-se de estar logado com seu email USP para acesso): https://drive.google.com/drive/folders/1o2TpWyoajj9zEFwnpi9kEihmSeAEcjbm?usp=sharing


  • Semana 10 (14 /10) - Avaliação (algodão)

  • 1a aula de Café

  • Café 2a aula prática

  • Café 2a aula - teórica

  • Café 3a aula - teórica

  • Café 4a aula - teórica

  • Café 4a aula - prática

  • Café 5a aula - teórica

  • Avaliação - Cultura do Café (02/12)

  • Prova de Agroecologia

    Meus Amigos,

    O Sul da Bahia, da divisa com o Espírito Santo até as proximidades do Recôncavo Baiano, apresenta um clima muito peculiar, com características amazônicas, particularmente na região costeira. Não há propriamente uma estação seca, mas apenas menos chuvosa, e a temperatura é constantemente elevada, mas não tórrida. A topografia é variada, e os solos predominantemente são quimicamente pobres. A cobertura vegetal original era a floresta atlântica, que foi substituída por lavouras, particularmente pelo cacau, num sistema de cultivo agroflorestal chamado de cabruca. A produção de cacau ganhou ímpeto nas últimas décadas dos 1800 e se tornou a mais importante atividade regional, até o início da década de 1990, quando a vassoura de bruxa praticamente destruiu essa economia. Os cacauais foram substituídos por pastagens extensivas, e, como o gado extensivo gera menos renda e ocupa menos trabalhadores, o processo resultou no empobrecimento de e desemprego dos antigos trabalhadores das fazendas de cacau.

    Por essas alturas, se expandia na região a produção de eucalipto em escala industrial,  baseada na terra relativamente barata e no clima excepcionalmente favorável a essa árvore, com rendimentos em polpa entre os maiores do mundo.

    Em determinado momento, essa população desempregada, organizada em movimentos por reforma agrária, de um lado, e a indústria de polpa, de outro lado, entraram em conflito, o que gerou um potencial de destruição da imagem da indústria no mercado internacional. No início da década de 2010, houve uma reorganização das indústrias de polpa de celulose, e foi constituída e empresa Fíbria. Nessa configuração, a idéia dominante era que não convinha à empresa estar em conflito com a comunidade em sua área de produção, e se procurou uma forma de acomodar os interesses da indústria de polpa com os da população sem terra. Mas esses interlocutores, indústria e sem-terras, não confiavam um no noutro. Nesse cenário, foi providencial a mediação do falecido Prof. Paulo Kageyama, que tinha a confiança de ambos os lados.

    Assim, foi firmado um acordo segundo o qual não haveria novas ocupações, e a empresa contribuiria para a formação de escola de Agroecologia para os assentados em Prado, com o objetivo de criar nos assentamentos sistemas de produção mais sustentáveis, idealmente orgânicos. Esse acordo abrange perto de 1500 famílias assentadas.

    Atualmente, além da produção de cacau, que aos se recupera, há um grupo de culturas equatoriais que têm sido exploradas, aí se incluindo a mandioca, a banana, a pimenta-do-reino, a pimenta-da-jamaica, a pimenta rosa, a canela, o cravo, o açaí, a pupunha etc.

    Esse é o cenário para o qual você foi convidado a trabalhar, para atuar como assessor para o desenvolvimento dos sistemas de produção de base ecológica nos assentamentos da região.  Em média, os lotes têm 10 hectares, e as famílias de 2 a 4 pessoas. Você solicitado a fazer uma apresentação em power point, para expor tanto os possíveis caminhos a seguir, considerando o que você já sabe e o que precisaria saber da região. O salário, bancado pela indústria de polpa de celulose, é generoso. Boa sorte!


    Você deverá entregar dois produtos: (1) um arquivo em Power Point gravado como pdf, dentro do tempo limite da prova, e (2) um vídeo em que você mesmo, com seu rosto aparecendo, faz a apresentação desse arquivo. Como o link para o vídeo pode demorar um pouco até aparecer, você pode informá-lo até o final do dia. 

    A pedido do Gabriel Marques Rodrigues, o tempo de prova (para carregar o arquivo em pdf) será de até quatro horas. 

    Boa sorte.