ADM

OBJETIVOS da disciplina:

O foco central do curso é discutir o suporte teórico para a análise da evolução, estrutura e dinâmica dos complexos produtivos, considerando as diversas formas de coordenação e os aspectos institucionais que moldam o funcionamento dos mesmos no Brasil e no mundo.

Serão apresentadas as diversas concepções teóricas utilizadas para embasar as pesquisas sobre o tema, desde a economia setorial (agrícola, industrial, serviços), passando pelos complexos produtivos (industriais, agroindustriais, serviços) e cadeias produtivas até os estudos de sistemas agroindustriais e industriais, sistemas de inovação, clusters, campos organizacionais, entre outros. Desta forma, o curso municiará os alunos com instrumentos de análise das estratégias, políticas públicas e coordenação dos diversos Complexos e de suas tendências.

 O enfoque do programa está alinhado ao adotado em centros internacionais e nacionais que estudam a economia e a gestão. Utiliza a base teórica da economia da ‘Economia industrial e das Organizações”, da Economia da inovação, da Sociologia Econômica e das redes políticas

Condutas concorrenciais afetam as estratégias sendo observada a substituição da coordenação via preços tem pela coordenação contratual, processos de fusão e aquisição se tornaram mais frequentes, assim como outras estratégias. No período recente, estratégias de coordenação e cooperação inovadoras surgiram e ainda foram pouco estudadas. Destacam-se economia compartilhada, economia comportamental, economia circular, entre outros.

O tema da coordenação dos sistemas produtivos ganhou espaço nos centros de estudos internacionais consolidando a área da economia das organizações aplicada.

A abordagem da disciplina baseia-se em diferentes vertentes de literatura. A primeira tem origem no livro " a Teoria do Crescimento da Firma" de Edith Penrose, que deu origem a diferentes trajateórias de  análise, entre elas a de estratégia baeada em recursos.

A Segunda teve gênese nostrabalhos de Prof. Ray Goldberg da Universidade de Harvard, a partir dos textos: A Concept of Agribusiness (1957) e Agribusiness Coordination (1968). Esta vertente evoluiu dando origem aos trabalhos sobre Agribusiness Coordination nos EUA (Universidade de Missouri) e na Holanda (Universidades de Wageningen e Bonn). A terceira vertente, esta de cunho teórico, baseia-se na economia das organizações que releva a importância das transações e a visão contratual da firma, resultante das contribuições de Ronald Coase, Oliver Williamson e Douglass North, todos receberam o Prêmio Nobel de Economia.

Uma quarta vertente deriva da sociologia econômica e dos estudos das organizações, com destaque para Fligstein, Dimaggio e Powell. Essa vertente procura entender como os agentes se organizam, qual o papel das associações de classe e das instituições na coordenação dos mercados, nas estratégias empresariais e na formulação de políticas públicas.

As leituras para cada aula serão disponibilizadas no e-disciplinas com uma semana de antecedência. Livros fundamentais estão listados ao final do presente documento. Sugere-se a aquisição dos mesmos.