Agenda
- O problema básico da gestão florestal: a gestão florestal se depara frequentemente com a necessidade de responder a quatro perguntas curtas e simultâneas de planejamento. Para um certo horizonte de tempo, onde, quando, quanto e como fazer intervenções na floresta que resultem ótimas do ponto de vista do tomador de decisões? A solução desse problema envolve quatro respostas interdependentes que têm consequências ao longo do tempo. Em florestas voltadas para a produção, o onde questiona quais talhões sofrerão intervenção; o quando define os momentos em que esses talhões receberão intervenções; o quanto indica a intensidade da intervenção, isto é, se a intervenção será feita no talhão inteiro ou se ocorrerá apenas em parte do talhão; e o como expressa o tipo de intervenção, isto é, se será feito um desbaste, um corte raso ou algum outro tipo de manejo silvicultural. A resposta a essas quatro perguntas envolve decisões que atendem necessidades no momento da intervenção, mas que têm importantes consequências no futuro. Portanto, se vamos usar um modelo matemático de apoio à tomada de decisões, é importante que o modelo nos permita expressar o problema para um certo horizonte de tempo (T) suficientemente longo para captar as consequências das intervenções iniciais. O uso da P.L. para fins de planejamento florestal considera horizontes de tempo que permitem o controle de ciclos de manejo florestal completos. Em termos práticos, isso implica no uso de valores de T iguais a 1,5 a 2 vezes a duração de um ciclo florestal típico.
- A programação linear como ferramenta de apoio à decisão florestal: Definido um certo horizonte de tempo T, existem vários regimes de manejo possíveis para cada talhão (onde) que estabelecem intervenções (como) a cada ano do horizonte de planejamento (quando), gerando assim consequências que dependem da intensidade (quanto) da intervenção ou da produtividade do talhão. Identificado cada talhão pelo índice i e cada regime pelo índice k, é possível criar a variável de decisão xik que expressa a área do talhão i submetida ao regime k. Reflita: conhecer o valor de xik significa encontrar a resposta para as quatro perguntas básicas da gestão florestal (onde, quanto, quando e como). Definido um certo horizonte de planejamento, escolhido o critério de otimização e adotada a variável xik como incógnita do problema de gestão florestal, o uso da P.L. fica plenamente justificado se pudermos representar como restrições as limitações que condicionam o problema. Nesta aula, apresentaremos a formulação básica de P.L. que tornou essa ferramenta matemática a mais importante aliada dos profissionais da gestão florestal. Acompanhem na apostila todo o conteúdo que será apresentado nesta e nas próximas aulas.
- Dinâmica: reunidos em grupos, assistiremos a dois vídeos. O primeiro apresenta com mais detalhes como o problema básico de gestão florestal se transforma em um problema de programação linear (P.L.). O segundo ilustra o uso da P.L. em um estudo de caso e usa a Fazenda Modelo como exemplo. Depois de assistir aos vídeos os grupos deverão discutir e resolver individualmente os estudos dirigidos 11 e 12 (ED11 e ED12).
Reúna-se com os seus colegas numa das salas virtuais de estudo listadas abaixo, e resolva os referidos estudos dirigidos. Lembre-se, a discussão é coletiva, mas a submissão dos EDs é individual.