A disciplina pretende fazer com que o aluno leia os grandes mestres da Economia dos séculos XIX e XX (excluindo-se os autores da Economia Política Clássica já estudados em HPEI). Oferece-lhe também ajuda no sentido de capacitá-lo a interpretar o significado de cada contribuição à luz do respectivo ambiente histórico-cultural. Procura-se, ainda, expor a evolução das teorias econômicas a partir de 1871. Para tanto, além da exposição das contribuições teóricas oferecidas no passado, o curso irá relacioná-las com os conceitos e a perspectivas filosóficos presentes em cada caso. Serão contemplados os economistas clássicos Stuart Mill e Karl Marx, depois os “marginalistas e/ou subjetivistas” integrantes da Revolução Marginalista (Jevons, Walras e Menger), o neoclassicismo de Marshall e a contribuição de J. M. Keynes. Além destes nomes principais, diversos outros serão apresentados, de modo a explicitar a diversidade e a riqueza de contribuições individuais na evolução da Economia nos últimos dois séculos.
O pensamento econômico ao longo do século XIX encontra-se bastante dividido entre diferentes doutrinas econômicas que disputavam hegemonia entre os países europeus. A principal alternativa aos clássicos foi a Escola Histórica, que dominou principalmente as escolas alemãs de economia.
A Economia Política Clássica começou a ser desacreditada em meados dos anos 60 do século XIX. Deficiências teóricas, problemas metodológicos e políticas deficientes face aos problemas sociais da época foram as principais questões levantadas pelos críticos. O entendimento das controvérsias teóricas a essa crise é o propósito desta seção.
3. Precursores do Marginalismo e da Teoria do Valor Subjetivo
O uso do cálculo marginal e conceito de utilidade foram-se firmando gradualmente, ao longo de muitos anos. Esse movimento revolucionário, ao final do século XIX, deu-se no episódio conhecido como Revolução Marginalista, entre 1871 e 1873, dentre os precursores, destaque para Hermann H. Gossen (1810-1858).
A Revolução Marginalista não se trata propriamente de uma revolução porque suas ideias básicas haviam-se desenvolvido gradualmente durante o século XIX e porque também o impacto delas na comunidade acadêmica não foi imediato. Jevons, Menger e Walras são os nomes associados ao episódio do início dos anos 1870 que se tornou conhecido como revolução Marginalista.
Alfred Marshall (1842-1924) representou um marco na história da moderna Economia. Marshall é, sem dúvidas, um dos principais nomes responsáveis pela introdução e popularização, tempos depois, das ideias marginalistas.
Carl Menger (1840-1921) inaugurou um atradição dentro da Economia que se tornou conhecida como Escola Austríaca. O que particulariza a tradição austríaca é a ênfase que dá ao estudo dos processos de mercado e ao subjetivismo do agente econômico. Suas ideias afetaram sensivelmente o pensamento econômico do século XX.
Material básico:
7. Keynes e a história da Macroeconomia
John Maynard Keynes(1883-1946) ocupou posição inigualável na academia durante boa parte do século XX, e até hoje ele ainda permanece no centro das atenções, mesmo com as crescentes críticas. Suas obras mudaram a maneira de olhar a economia e o papel do governo na sociedade