Partindo de uma releitura crítica da exposição de 1917 de Anita
Malfatti, eleita pelo grupo Modernista como marco de virada da cena artística
em relação aos círculos academicistas, o curso intenciona verificar as
complexas relações entre os integrantes da Semana de 22, pertencentes a elite
agrário-política, e algumas aglomerações de artistas pertencentes as classes
operárias, como o Grupo Santa Helena, que possui entre seus integrantes
imigrantes italianos, mas também o Seibi-Kai, vinculado a comunidade
nipo-brasileira, e as negociações femininas no bojo modernista. Como pano de
fundo, interessa discutir com os discentes os preconceitos de classe, gênero e
xenofobias imbrincados na geração modernista da primeira metade do século XX,
em concomitância ao processo de institucionalização e consagração do Moderno
artístico, colocando em xeque os discursos dos primeiros críticos que se
debruçaram sobre o tema, mas também a primeira geração acadêmica que os
contemplou em suas investigações
- Docente: Talita Trizoli