Desde a sua criação em 1962, quando foram propostas pela primeira vez, as redes de Petri vêm ampliando o seu escopo de aplicação. Parelelamente, o formalismo também foi ampliado e aperfeiçoado, e várias extensões surgiram para atender a domínios de aplicação específicos. Assim, a chegada do século XXI marca um período de grande profusão e até alguma confusão, sobre o formalismo base das redes de Petri, o que foi também um requisito para sua difusão, especialmente no meio industrial. Entretanto, aplicações industriais demandam uma certa uniformidade para dar suporte a produtos (CLPs, SDCDs, por exemplo).
Por isso, um comitê de pesquisadores passou a discutir a padronização das Redes de Petri, culminando com a proposição de uma norma, que por um lado atendesse à grande difusão das RdP inclusive para a área de software, análise de requisitos, planejamento automático, verificação formal, model checking, etc., e por outro atendesse à demanda do meio industrial. 

O nosso curso será norteado pela norma ISO/IEC 15.909-1 que define os modelos clássicos de Redes de Petri (sem adjetivos adicionais, mas seria o modelo mais amplo das redes Place/Transition), e das redes de Alto Nível
ISO/IEC 15.909-2 (que tem como modelo mais difundido as redes coloridas). Trataremos brevemente do modelo de transferência - que permite que modelos possam migrar entre plataformas e software de apoio) em XML, que é o PNML (Petri Nets Markup Language), e incluiremos algumas extensões - ISO/IEC 15.909-3 - como os gates inibidores, os lugares de conexão, e o modelo hierárquico. 


Para exercícios e aplicações práticas usaremos o PIPE (v.4.3), o Renew e estamos avaliando outro software de apoio.