No século XIX se forma a nova nação brasileira e muito de seu desenvolvimento envolve o estabelecimento de instituições liberais, estas muitas vezes se confrontam com experiências históricas e estruturas produtivas e mesmo instituições herdadas da fase colonial do Brasil. Este confronto ideológico em que as ideias nem sempre estão no seu lugar marca o nascimento da nação e também os debates econômicos do XIX. Ao longo do século XX o Brasil transitou de uma economia agroexportadora para uma economia de base industrial. Tal movimento foi acompanhado por um debate longo e abrangente, envolvendo vários tipos de discussões sobre o papel do setor exportador brasileiro no desenvolvimento, o papel e a estrutura ao Estado necessária a este desenvolvimento, as condições e formatos das políticas monetárias e fiscais ente outras. Estes debates tinham raízes nos debates imperiais e da Primeira República e ganharam novo fôlego durante o “ciclo ideológico do desenvolvimentismo”, que se originou em 1930, experimentou um auge a partir de 1945 e entrou em crise no início da década de 1960. Nesse período decisivo, em que se lançaram as bases da configuração atual do nosso sistema produtivo, pensadores com claros compromissos de ação imaginaram novos caminhos para uma sociedade mutante, associando suas ideias econômicas a diferentes projetos de modernização do Brasil. Durante a ditadura militar estes debates mudaram de formato e chegam aos dias de hoje na chamada Nova República marcados pelas questões inflacionárias, as novas condições da economia internacional com a globalização e suas crises e os novos estágios e problemas em uma economia não mais essencialmente agroexportadora mas que ainda enfrenta problemas e possui diferentes opções para a continuidade ou a retomada do seu desenvolvimento.