Instituto de Estudos Brasileiros
O curso tratará do gênero do poema em prosa, apresentando um histórico de seu surgimento na França do século XIX e os desdobramentos ao longo do século XX. Textos de autores como Baudelaire, Mallarmé, Max Jacob e outros serão discutidos com o objetivo de delinear a (in)definição inerente a essa forma de escrita. A partir dessas coordenadas, serão apresentados e discutidos também alguns livros e autores da literatura brasileira que se dedicaram ao gênero, ao longo do século XX. Nesse sentido, serão analisados textos de Raul Pompeia, Oswald de Andrade e Anibal Machado, Murilo Mendes e outros, incluindo autores contemporâneos.
Analisar e interpretar a produção brasileira de canções populares pesquisando as relações entre música, literatura oral, arte e sociedade no âmbito dos processos de globalização econômica e mundialização da cultura. Estudar a realização das obras quando inseridas no ritual religioso ou na festa popular de certa comunidade e quando transformadas em mercadoria. Investigar as mudanças do mercado fonográfico hegemônico no quadro das novas tecnologias de produção, difusão e consumo, bem como as alterações provocadas por este quadro na estética das obras. Pesquisar as produções comerciais com vigência à margem do mercado cultural hegemônico.
O curso se propõe a desenvolver o entendimento do conto e da crônica na qualidade de gêneros narrativos breves, fundados em certos princípios próprios de composição e de recepção histórica. As idéias gerais serão formuladas a partir da discussão de alguns ensaios teóricos, mas principalmente por meio da leitura e interpretação de textos de escritores nacionais, representantes de diferentes estéticas e momentos que marcaram a literatura brasileira. O curso tem ainda a peculiaridade de se restringir a autores que escreveram nos dois gêneros, permitindo uma visão comparada de seus recursos estilísticos, conforme a destinação. Os textos literários a serem analisados encontram-se na bibliografia indicada. As aulas serão divididas em duas partes, sendo a primeira dedicada ao conto e a segunda à crônica.

O curso tem como objetivo discutir e acompanhar a presença da mulher na sociedade e na economia brasileiras, por meio da análise de trajetórias, conjuntas ou individuais, de mulheres livres, escravas e forras desde o período colonial até os anos iniciais do primeiro governo de Vargas. Em cada um dos três períodos contemplados (Colônia, Império e República), serão de início apresentados, em suas linhas gerais, os contextos demográfico, social e econômico que envolveram aquelas mulheres e limitaram sua plena participação na sociedade brasileira.

Em seguida, serão acompanhados e discutidos os avanços por elas vivenciados, bem como as vicissitudes por elas defrontadas, desde os primórdios de nossa colonização, manifestos, por exemplo, nas características do sistema de casamentos imperante, na vigência do poder marital, nas dificuldades que acompanhavam os eventuais divórcios, nas dimensões do concubinato, nas possibilidades desiguais de inserção das mulheres nas atividades econômicas e no lento evolver do sistema educacional e, por fim, serão enfatizados seus esforços no sentido da organização de um movimento das mulheres, sua inserção e participação política, a exemplo do Partido Republicano Feminino e da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, chegando ao término do curso no acompanhamento de sua luta para a conquista do voto feminino.

Estudo da epistolografia no Brasil, em abordagem interdisciplinar, considerando a amplitude temática e as diversas caracterizações discursivas da carta em língua portuguesa, entre os séculos XVI e XX. Lançando mão de amplo instrumental teórico, metodológico, crítico e interpretativo das humanidades, o curso tenciona explorar aspectos formais, retóricos, linguísticos, literários, históricos e psicanalíticos da correspondência de personalidades representativas da cultura brasileira, em redes de sociabilidade configuradas. Pretende, em perspectiva diacrônica e sincrônica, refletir sobre a carta, documento da intimidade, como memória histórica e literária, bem como testemunho dos processos da criação artística, levando-se em conta as condições materiais da troca de cartas no país.
Refletir sobre o fazer científico, observando aspectos teóricos e conceituais e seus desdobramentos empíricos quanto à metodologia da pesquisa acadêmica. Contextualizar perspectivas da ciência ocidental moderna, à luz do pensamento decolonial. Debater aspectos teóricos e empíricos a respeito de: ética, recorte do objeto, questão de pesquisa, acesso e uso das fontes e divulgação da produção do conhecimento. Observar metodologias correntes no campo das Ciências Humanas e Sociais, notadamente aquelas que contribuem para os estudos brasileiros. Cooperar para o refinamento metodológico de pesquisas acadêmicas em andamento.
A disciplina aborda diversos momentos históricos em que o Estado brasileiro constituiu modelos de políticas culturais com vistas a promover tipos específicos de criação artística. Nesse sentido, pretende-se debater os vínculos entre a produção cultural e o imaginário nacional, promovendo a reflexão sobre a especificidade das relações entre cultura e poder no Brasil. Visa-se compreender a interação entre elites sociais e políticas e grupos de artistas, por meio da análise das encomendas, dos projetos culturais e dos estilos institucionalmente preponderantes em momentos particulares da história do país. A partir do debate sobre a aplicabilidade e os limites das proposições teóricas e metodológicas estabelecidas pela sociologia da cultura, pretende-se compreender as construções culturais como produtos de complexas interações entre artistas, grupos de artistas e elites sociais e políticas, cristalizadas por meio de instituições culturais e discursos estéticos, que são assim tomados como práticas culturais contextualizadas.
Constituem objetivos desta disciplina analisar os elementos básicos de nossa formação desde a colonização até o golpe de 1964, dando ênfase nas dinâmicas relativas aos períodos colonial e imperial. As discussões fundamentar-se-ão no exame das obras clássicas da nossa historiografia econômica, incorporando, sempre que possível, uma produção historiográfica mais recente. O programa está dividido em partes, cada uma dedicada ao estudo de assunto/tópicos selecionados conforme seu grau de relevância para a consecução dos nossos objetivos. Nesse semestre daremos ênfase aos períodos colonial, imperial e Primeira República.
Investir numa abordagem teórica da cidade e da estruturação do mundo urbano que tem como pressuposto que o espaço é uma das dimensões pertinentes do social. Trabalhar o conceito de urbanidade como critério e forma de explicitar (\"medir\") as cidades e o urbano. Aplicar o conceito de urbanidade para a análise e interpretação do mundo urbano no Brasil, visando identificar e tipificar a cultura e a condição urbana das cidades brasileiras.
O curso se propõe a desenvolver o entendimento do conto e da crônica na qualidade de gêneros narrativos breves, fundados em certos princípios próprios de composição e de recepção histórica. As idéias gerais serão formuladas a partir da discussão de alguns ensaios teóricos, mas principalmente por meio da leitura e interpretação de textos de escritores nacionais, representantes de diferentes estéticas e momentos que marcaram a literatura brasileira. O curso tem ainda a peculiaridade de se restringir a autores que escreveram nos dois gêneros, permitindo uma visão comparada de seus recursos estilísticos, conforme a destinação. Os textos literários a serem analisados encontram-se na bibliografia indicada. As aulas serão divididas em duas partes, sendo a primeira dedicada ao conto e a segunda à crônica.