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Modificado: 17 junho 2015, 18:06 PM   Usuário: Gustavo Silva Moura  → GS

A descrição do caso está no arquivo.

PROJETO PROCESSO DE PRODUÇÃO

Alguns tempos de preparo do processo produtivo do Furão

  • (ainda está faltando detalhes de algumas tarefas)

Fabricação de Biscoitos Diária 1 dia
   Preparação dos temperos 0,25 dias
      Comprar os temperos 60 mins
      Misturar os temperos 60 mins
   Preparação da massa de polvilho doce 0,25 dias
      Tarefa 1 60 mins
      Tarefa 2 60 mins
   Preparação da massa de polvilho azedo 0,25 dias
      Tarefa 1 60 mins
      Tarefa 2 60 mins
   Preparação do Forno 0,06 dias
      Cortar lenha 30 mins
      Acender o forno 30 mins
   Assar os Biscoitos 0,28 dias
      Pingar os Biscoitos 105 mins
      Assar os Biscoitos 135 mins
   Preparar os Rótulos 0,5 dias
      Imprimir 120 mins
      Colar nos saquinhos 120 mins
   Embalar 0,38 dias
      Ensacar 1 hr
      Pesar 1 hr
      Selar 1 hr
   Vender 0,5 dias
      Atender clientes 0,5 hrs
      Entregar 4 hrs



PROJETO CUSTOS

Problemas identificados

·         Custeio incompleto;

o   Wilson considera todos os custos (que realiza, não que deveria) mas não inclui todos no custeio, resultando em falta de caixa todo o tempo;

·         Falta de planejamento na aquisição/construção da máquina de “pingamento”;

o   O projeto foi sendo realizado aos poucos, sem planejamento, e o montante gasto até então chega perto do preço de uma máquina nova;

·         Custos de Depreciação desatualizados;

·         Não emite NFs para todas as operações;

 

Possíveis soluções teóricas

·         Reajuste da precificação a partir de todos os custos (que deveriam ser feitos), com o auxílio do Activity-Based Costing;

o   Caso a precificação não possa ser reajustada, apresentar quanto se deve ganhar em vendas para suprir a queda da margem de contribuição;

·         Replanejamento da aquisição/construção da máquina de “pingamento”;

o   Busca por crédito;

o   Estudo de viabilidade da construção;

o   Estudo de viabilidade da compra;

Cenários:

Considerando que o Sr. Wilson não possui intenções de enriquecimento com seu negócio, o ideal para entrega mínima dos projetos, é um cenário em que todas as operações são feitas de maneira legal (com emissão de NF e pagamento de impostos), o custeio inclui todos os custos necessários para a correta gestão do negócio, e que seja apresentadas soluções para os principais gargalos do negócio: como solucionar o gargalo da produção; propostas de crédito acessíveis ao Wilson para aquisição da máquina de “pingamento” e do forno; apresentação dos novos pontos de equilíbrio contábil e econômico, demonstrando quanto se é preciso ganhar em giro com a nova precificação (ou a velha caso o mercado não aceite mudanças).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Quais informações são necessárias: quais vocês já possuem e quais faltam e precisam ser buscadas.

Custos Diretos

                  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Gastos Gerais

 

 

 

 

Produção e Vendas de Jan/15 a Mar/15

 

Impostos:

·         Optante do Simples Nacional

o   5,80% do faturamento bruto

·         Substituição tributária

o   1,86% do valor de cada NF emitida

·         INSS

·         Taxa de localização (TLIF)

o   Valor fixado em 34,00 ao ano.

 

Fontes:

·         Contabilidade de Custos – Eliseu Martins

·         Finanças Corporativas de Curto Prazo – Alberto Matias

·         Pesquisa na Internet

·         Consulta com professores



PROJETO MERCADO, CANAIS E PREÇO DE VENDA

1.  

Diagnóstico de Mercado – Biscoitos O Furão.

 

Pela manhã do dia 11/05/2015 foi agendada a visita para a fábrica de biscoitos O Furão. Localizado no bairro “Campos Elíseos”, o Sr. Wilson foi bastante pontual e atencioso durante a entrevista, porém, sua prestatividade nem sempre foi suficiente para esclarecer todos os pontos abordados.

Os biscoitos O Furão atua em lojas de conveniências, padarias, lanchonetes e hospitais. Atualmente, em Ribeirão Preto, existem cerca de oito fábricas de biscoitos. Wilson considera seus principais concorrentes as seguintes marcas: Biscoito Tatinha, Biscoitos Ribeirão e Biscoitos Temperadinhos – foi citado que a marca Pullman estaria fabricando biscoitos de polvilho, mas feito uma pesquisa não foi constatada a comercialização desses produtos.

O sistema de vendas é feito pelo próprio produtor diretamente ao varejo. Ele considera que a utilização de revendedores não é viável – no momento – pois não teria capacidade de produção para conseguir atender a demanda. Por se tratar de um produto com lucro pequeno, o giro operacional teria que ser efetuado diversas vezes para gerar uma renda satisfatória ao revendedor e, atualmente, com o modelo de produção disponível, seria inviável.

Apesar da produtividade limitada, a qualidade superior de seus produtos é perceptível. O biscoito tradicional possui um crocância e sabor agradável. Durante a entrevista, várias vezes ele enfatizou a qualidade da matéria prima utilizada.

O fato dele mesmo realizar a entrega de seus produtos faz com que o cuidado na exposição nos pontos de vendas seja um ponto favorável, agregando questões relativas ao merchandising.

Porém os mesmos fatores que proporcionam vantagens sobre os concorrentes acabam afetando os custos de operação. As entregas não são contabilizadas como gastos e os materiais acarretam em um preço de venda acima do mercado.

O custo unitário de um pacote de biscoito tradicional sai por R$0,91 (levando em conta mão de obra, água, energia, matéria prima e embalagem). A venda para o varejo sai por R$2,50 e do varejo para o consumidor final por R$4,00. A desvantagem está na quantidade, os pacotes do Furão são de 60g, enquanto seus concorrentes trabalham com pacotes de 100g.

A precificação foi um aspecto que chamou atenção, pois não foi identificado nenhum método ou critério para realiza-la. O preço era constante, variando somente a quantidade de biscoitos no pacote. As reduções ocorreram durante as duas crises do polvilho. Inicialmente o preço era praticado em pacotes de 120g, após a primeira crise do polvilho o preço continuou o mesmo, porém a embalagem reduziu para uma quantia de 100 g, já na segunda crise a redução resultou em uma nova embalagem de 60g.

Outro ponto problemático diz respeito a remuneração, pois não há um sistema de remuneração profissionalizado. O que ocorre é uma retirada de dinheiro na receita (cerca de R$3.500,00) para pagamento de despesas familiares, pessoais e profissionais. Deste modo, dificilmente saberemos com exatidão qual foi o lucro apurado no final de cada exercício.

Um problema relatado no que se refere a parte operacional envolve o desperdício de lenha que ocorre enquanto o processo de “pingamento” da massa do biscoito é executado e também as pausas na produção para realização do empacotamento dos produtos, uma vez que sua mão de obra é constituída unicamente por membros da família. Além dos momentos em que o Sr. Wilson sai da fábrica para vender e entregar seu produto. Outro ponto identificado foi o gargalo de produção causado pelo forno, que é antigo e prejudica a capacidade de produção.

Tais problemas identificados diminuem a capacidade de produção da fábrica e fazem com que o custo do produto seja maior que o dos concorrentes por ser gasto mais tempo e mão de obra que o necessário para a produção, considerando desde o “pingamento“ até a entrega para os clientes. A produção limitada impede que o Sr. Wilson expanda sua clientela, o que o faz deixar de atender muitos potenciais consumidores.

Os cenários identificados pelo grupo são a contratação de um funcionário para auxiliar no empacotamento e realização das entregas, evitando que o Sr. Wilson interrompa a produção.

Outro cenário é a aquisição de um forno mais moderno que resolva o atual problema do gargalo de produção.

Em ambos os cenários, podendo ser simultâneos, a produção de biscoitos é elevada podendo a fábrica atendar a uma maior demanda e assim melhorar sua concorrência de mercado. Porém em ambos cenários aqui expostos são necessários os devidos cálculos para averiguar a real alteração nos custos de produção, devido a maior profissionalização do processo no primeiro caso e a melhora da eficiência no segundo caso.

Utilizando os diagnósticos dos outros grupos, será possível fazer a análise de diferentes cenários com a criação de diferentes soluções para todos os problemas aqui levantados, para, desta forma, concluirmos a análise da melhor forma a maximizar a produção da fábrica e assim atentar a uma maior demanda de mercado.

Somente com a análise dos diferentes cenários será possível um diagnóstico mais preciso de um reajuste no preço de produção, capacidade de produção e, assim, melhorar a concorrência com seus principais concorrentes.

Vimos através dos dados publicados pelo “Projeto de Processo de Produção” que as tarefas não envolvidas diretamente na produção de biscoitos como: Preparar os rótulos, imprimir, colar nos saquinhos, embalar, ensacar pesar, selar, vender, atender clientes e entregar demandam grande parte do tempo no dia do Sr. Wilson e demais funcionários envolvidos na empresa, e pelo o que foi comentado em sala, o proprietário não percebe o quão impactante isso é nas operações da sua atividade. A principal preocupação na percepção do Sr. Wilson seria a demora em produzir novos biscoitos e sua relação com a pingadeira e o forno. Porém, mesmo que a máquina seja construída e o forno trocado, muito provavelmente ele não teria condições de efetuar essas demais atividades que consomem metade do dia.

  Outra solução seria uma análise de todos os custos envolvidos desde a compra da matéria prima até a entrega, utilizando conceitos de contabilidade de custos e os dados recolhidos pelo grupo de “Custos” poderíamos estabelecer uma quantia exata para remunerar os empregados de modo que o lucro apurado seja revertido para as novas instalações necessárias.

  Sabemos que existem dívidas, o proprietário acredita que até Agosto todas estejam quitadas, deste modo, o alívio financeiro poderia, também, ser utilizado para o financiamento das atualizações na fábrica.

 

Soluções de mercado:

1) Sugerimos que o Sr. Wilson entregue a parte de vendas e entregas para um representante comercial, deixando-o apenas com a parte de produção no qual ele é especializado. Dessa forma, maximizamos o melhor de sua estrutura, deixando suas fragilidades sob responsabilidade de terceiros.

2) Sugerimos que seja feita uma avaliação da viabilidade econômica de cada produto em seu portfólio de vendas, excluindo aqueles com pouco volume de vendas e se especializando apenas nos produtos “tops” de sua categoria. Essa iniciativa reforçará sua especialização apenas em produtos lucrativos, diminuindo o tempo gasto na produção de diversos produtos e facilitando seu trabalho diário.

3) A produção para pessoas físicas também é um limitador de seu tempo de produção, apesar de dar uma margem maior, não tem volume suficiente. Sendo assim, nossa sugestão é que ele pare de produzir para pessoas e se volte apenas para a produção especializada de biscoitos com larga escala de produção.

4) Após um retorno econômico das ações acima, sugerimos um investimento em melhoria do valor de entrega do produto, mais especificamente através de sua embalagem, transmitindo seu caráter artesanal, mas com maior presença, reforçando sua amrca e conquistando clientes mais preocupados com a qualidade dos produtos consumidos.

 

 



PROJETO CAPTAÇÃO DE RECURSOS

1- Problemas identificados

Custeio incompleto;

Wilson considera todos os custos (que realiza, não que deveria) mas não inclui todos no custeio, resultando em falta de caixa todo o tempo;

Falta de planejamento na aquisição/construção da máquina de “pingamento”;

O projeto foi sendo realizado aos poucos, sem planejamento, e o montante gasto até então chega perto do preço de uma máquina nova;

Custos de Depreciação desatualizados;

Não emite NFs para todas as operações;

 

2- Possíveis soluções teóricas

Reajuste da precificação a partir de todos os custos (que deveriam ser feitos), com o auxílio do Activity-Based Costing;

Caso a precificação não possa ser reajustada, apresentar quanto se deve ganhar em vendas para suprir a queda da margem de contribuição;

Replanejamento da aquisição/construção da máquina de “pingamento”;

Busca por crédito;

Estudo de viabilidade da construção;

Estudo de viabilidade da compra;

3- Cenários:


Considerando que o Sr. Wilson não possui intenções de enriquecimento com seu negócio, o ideal para entrega mínima dos projetos, é um cenário em que todas as operações são feitas de maneira legal (com emissão de NF e pagamento de impostos), o custeio inclui todos os custos necessários para a correta gestão do negócio, e que seja apresentadas soluções para os principais gargalos do negócio: como solucionar o gargalo da produção; propostas de crédito acessíveis ao Wilson para aquisição da máquina de “pingamento” e do forno; apresentação dos novos pontos de equilíbrio contábil e econômico, demonstrando quanto se é preciso ganhar em giro com a nova precificação (ou a velha caso o mercado não aceite mudanças).

4- Quais informações são necessárias: quais vocês já possuem e quais faltam e precisam ser buscadas.

Custos Diretos

Gastos Gerais

Produção e Vendas de Jan/15 a Mar/15

*Vide anexo

 Impostos:

·         Optante do Simples Nacional

o   5,80% do faturamento bruto

·         Substituição tributária

o   1,86% do valor de cada NF emitida

·         INSS

·         Taxa de localização (TLIF)

o   Valor fixado em 34,00 ao ano.

5- 

Fontes:

·         Contabilidade de Custos – Eliseu Martins

·         Finanças Corporativas de Curto Prazo – Alberto Matias

·         Pesquisa na Internet

·         Consulta com professores


O

Pes


PROJETO GESTÃO DE ESTOQUE E COMPRAS

MATERIA PRIMA Compra em kg Frequencia Valor Uso 
Polvilho Azedo 125 kgs 10 dias 300 reais 10 dias
Polvilho doce 25 kgs 10 dias 60 reais 10 dias
gordura vegetal hidrogenada 24 kgs 10 dias 130 reais 10 dias
composto lácteo 25 kgs 70 dias 220 reais 70 dias
ovos 10 duzias 7 dias 36 reais 7 dias
sal 30 kgs 6 meses 19 reais 6 meses
água água filtrada, custo 0, 20l/dia      
gema 2 kgs 7 dias 25 reais 7 dias
ovos integrais 4 duzias 7 dias 20 reais 7 dias
farinha de trigo 5 kgs 7 dias 11,90 reais 7 dias
tempero 1 kg 2 meses 120 reais 2 meses
queijo (3,6Kg) 600 g 7 dias 7 reais 7 dias
parmesao 600 g 7 dias 14 reais 7 dias
chocolate (4,2Kg) 1 kg 2 meses 18 reais 2 meses
margarina 15 kgs 30 dias 60 reais 30 dias
etiqueta 5 mil 2 meses 145 reais 2 meses
embalagem 15 kgs 5 meses 1100 reais 5 meses
fermento em pó 2 kgs 6 meses 19 reais 6 meses
goiabada 19,2 kgs 1 mês 59 reais 1 mês
leite de coco 500 ml 14 dias 4 reais 14 dias
coco ralado 1 kg 1 mês 17 reais 1 mês
lenha x 1 mês 60 reais 1 mês


Demonstração do valor de cada MP no estoque


PROJETO DE DEMONSTRATIVOS FINANCEIROS E DIMENSIONAMENTO CAPITAL DE GIRO



PROJETO FLUXO DE CAIXA


PROJETO DE CRÉDITO E COBRANÇA 

Problemas identificados e informações já adquiridas

 

De acordo com as informações cedidas pelo gestor ao ser questionado a cerca de como era sua política de crédito e a realização de cobrança, os problemas que puderam ser identificados foram os seguintes:

O Senhor Wilson possui, hoje, 50 clientes e  realiza dois tipos de vendas: à vista e a prazo. Para pessoas físicas, a venda é realizada somente à vista, portanto, esse tipo de pessoa não será considerada em nossa abordagem pois políticas de crédito e cobrança têm em sua base, a venda a prazo.

Desse modo, as vendas a prazo são realizadas para Pessoas Jurídicas, seus principais clientes são: 2 Cenourão (10 dias no boleto), Panificadora Moderna (prazo de 10 dias, porém vem apresentando problemas no pagamento, chegando a 20 dias), Laticínios Coral (pagamento imediato) e hospitais. Para o Sr. Wilson, levar o produto ao cliente em determinada semana e voltar para receber uma semana depois não se constitui venda a prazo. Porém, trata-se de uma venda a prazo pois ele não recebe o pagamento no momento da entrega do produto. Essas diferenças de prazos concedidos e atrasos no pagamento levam o gestor a apresentar problemas de capital de giro (Necessário buscar informações de Ciclo Financeiro, de Caixa e Operacional).

Em relação ao padrão, o Sr. Wilson não utiliza critérios mínimos para conceder crédito à um novo cliente pessoa jurídica. Deve-se considerar, neste ponto, que ele está em seu limite de produção devido à falta de máquinas e mão de obra. Desse modo, por meio da entrevista, ficou evidente que ele não busca por novos clientes aos quais ele tenha que fornecer uma quantidade muito grande de biscoitos no momento. Porém, ao ser questionado se, com a criação por completo da máquina de pingar o biscoito, ele pretendia expandir suas vendas, respondeu que sim. Ao mesmo tempo, frisou que o seu foco não são grandes supermercados (pois nesses lugares é necessário pagar pelo ponto de venda) nem revendedores (pois esse trabalho é feito por ele) mas sim, padarias (pois em Ribeirão existem mais de 400 padarias padarias e ele atende apenas 4) e lojas de conveniência. Assim, foi detectado que, para esses novos clientes que o Sr. Wilson virá conceder crédito, faz-se necessário o uso de um padrão para realizar ou não a concessão.

No que diz respeito aos prazos, o Sr. Wilson concede um prazo diferente a cada cliente, conforme suas necessidades. Ou seja, não há a determinação de um prazo fixo para pagamento que vise atender suas próprias necessidades de capital de giro. Neste ponto, é importante destacar que a Panificadora Moderna vem apresentando atrasos no pagamento.

Conforme abordado por outro grupo em sala de aula, os valores que o Sr. Wilson trabalha são: De fabricante para varejo, R$ 2,50 e R$ 2,00, 80 e 60 gramas respectivamente; Do varejo para o consumidor R$ 4,00 e R$ 3,75, 80 e 60 gramas respectivamente; Venda direta para o consumidor (venda à vista) R$ 3,00 e R$ 2,50, 80 e 60 gramas respectivamente. Segundo ele, não há fornecimento de desconto para vendas à vista nem para estimular pagamento em prazo antecipado. Argumentou que o preço já está abaixo dos outros biscoitos que ele considera seus concorrentes. Ainda de acordo com o que foi apresentado por esse outro grupo, os concorrentes do Sr. Wilson são: Biscoitos Tatinha, Biscoitos Temperadinho, Biscoitos Pullman, Biscoitos Ribeirão. Faz-se necessário analisar quais os preços de venda desses concorrentes e os custos do Furão para viabilizar a concessão ou não de desconto.

Por fim, foi dito que ele não realiza nenhum tipo de cobrança quando o cliente atrasa o pagamento por medo de perdê-lo. Segundo ele, o único cliente que veio apresentando problemas no pagamento (Panificadora Moderna) é um grande consumidor de biscoitos e ele não realiza cobrança pois como se trata de uma empresa familiar, caso eles não gostem da reclamação, vão parar de adquirir produtos. Sendo assim, ele não cobra atrasos de seus clientes, e sempre confia que estes vão pagar quando puderem, nem mesmo cobrando taxas de juros ou atrasos. Prejudicando, mais uma vez, seu capital de giro.

 

Possíveis Soluções Teóricas

 

A teoria que será utilizada na resolução dos problemas apresentados no tópico 1, é a teoria apresentada por Matias (2006) de Gestão de Crédito e Cobrança baseada na definições de Assaf Neto e Tibúrcio (2002).

Segundo Matias (2006) a empresa ao conceder crédito a seus clientes, deverá  primeiro estabelecer procedimentos para a concessão de crédito, para posteriormente monitorar e controlar a carteira de recebíveis e por fim realizar os esforços de cobrança. O fato do Sr Wilson não estabelecer uma política de crédito e realização de cobrança, demonstra essa falha de ineficiência. Conforme citado anteriormente, definir um padrão seria a primeira etapa para definir a política de crédito. Assaf Neto e Tibúrcio (2002, apud MATIAS, 2006, p. 116) definem padrão como uma relação com os critérios mínimos para a concessão de crédito a determinado cliente. Os critérios podem ser rígidos ou não, quanto mais rígidos, menores serão os riscos de inadimplência e insolvência, porém menores serão  os volumes de venda.

Também segundo o autor, o prazo está relacionado ao tempo de recebimento. Quanto maior o prazo, maior a probabilidade de não recebimento. Deve ser considerado, nesse momento, o prazo que o Sr. Wilson tem para pagar seus fornecedores.

    Ainda segundo o autor, o terceiro elemento da política de crédito, é o desconto.  O desconto para a venda à vista ou adiantamento de pagamento, incentiva, muitas vezes, os clientes a optarem por esta forma de pagamento fazendo com que a empresa adiante recebimentos, contribuindo para a diminuição da sua necessidade de capital de giro. 

O último elemento da política de crédito é a cobrança. Segundo Matias (2006), para o período pós-concessão do crédito, é importante que as organizações definam políticas claras de cobrança, para que todo o processo seja eficiente e eficaz. Para o autor, existem cinco tipos de clientes classificados de acordo com seu comportamento de pagamento: pagamento antecipado, pagamento na data do vencimento, pagamento com atraso, pagamento com renegociação, não pagamento. No que diz respeito ao comportamento de pagamento há três grupos distintos segundo o autor: adimplentes - clientes que pagam antecipadamente ou em dia - inadimplentes - pagam com atraso de até 30 dias -insolventes - estão em fase de renegociação ou não pagaram. Sendo assim, os clientes inadimplentes e insolventes são clientes da mesma forma. Matias afirma que o cliente inadimplente é normalmente o cliente com maior valor médio de compra. Portanto, conforme explica o autor,  ações inadequadas de cobrança sobre esse cliente poderão implicar em retração de venda e de resultados.

 

Cenários

 

     Matias (2006) afirma que na política de crédito e cobrança, há dois cenários a serem analisados, conforme já foi apresentado na teoria do tópico acima:

 

1.      Política de Crédito Restritiva

 

       Padrão de crédito restrito, menor volume de vendas, menores despesas de crédito e menores investimentos em valores a receber.

       Prazo pequeno, menor volume de vendas, menos despesas de crédito e menos investimentos em valores a receber.

       Descontos financeiros pequenos, menor volume de vendas, maior despesas de crédito e maior investimento em valores a receber

       Cobrança rígida, menor volume de vendas, menores despesas de crédito e menor investimento em valores a receber

 

Levando em conta a situação do Sr. Wilson, e em um cenário com uma política de crédito restritiva, podemos perceber que ao adotar um padrão de crédito restrito, o Sr. Wilson não encontraria muita dificuldade, visto que O Furão já trabalha com um menor volume de vendas, já possui despesas menores de créditos, e o Sr. Wilson costuma vender em grande parte a vista e quando há pagamento à prazo, não chega a parcelar o valor total da compra. No entanto, no que diz respeito ao prazo praticado, ao diminuí-lo o propritário enfrentaria maiores dificuldades, visto que o mesmo não define previamente um prazo ao vender para seus clientes. Os descontos financeiros e a cobrança, são outros dois itens que não são praticados pelo proprietário. Ao fornecer descontos financeiros pequenos, o Sr Wilson estará dando um incentivo para que os pagamentos sejam efetuados no dia combinado, sem mudar muito seu faturamento. E ao cobrar esses clientes de menor volume de forma mais rígida, terá mais garantia que irá receber por esses pequenos valores vendidos. Esse cenário é indicado para a maior parte das vendas do Sr Wilson, visto que em sua grande parte são em um volume menor de vendas.

 

2.      Política de Crédito Frouxa

 

       Padrão de crédito frouxo, maior volume de vendas, maiores despesas de crédito, maiores investimentos em valores a receber

       Prazo de crédito amplo, maior volume de vendas, maior despesas de crédito, maior investimentos em valores a receber

       Descontos financeiros grande, maior volume de vendas, menor despesas de crédito, maior investimentos em valores a receber

       Cobrança liberal, maior volume de vendas, maior despesas de crédito e maior investimento em valores a receber

 

            Com uma política de crédito frouxa é possível ceder prazos de créditos maiores, conceder maiores descontos financeiros e uma cobrança mais liberal em cenários que se deseja maior volume de vendas. Apesar do Sr. Wilson não utilizar nenhum tipo de política de crédito e cobrança, a frouxa é a que mais se assemelha ao modo como ele lida com os seus maiores clientes

 

Fontes e informações que ainda precisam ser buscadas

 

Analisar, juntamente com os trabalhos dos outros grupos, por meio dos ciclos (operacional, de caixa, financeiro), qual o prazo ideal para concessão de suas vendas a prazos a fim de não prejudicar seu capital de giro.

Além disso, juntamente com o projeto de custos e análise dos seus concorrentes, verificar a possibilidade de concessão de desconto e qual a melhor forma e valor desse desconto.

Por fim, buscar alternativas de cobrança que, ao mesmo tempo que seja benéfica ao giro da empresa, passe segurança para o gestor no que diz respeito à satisfação dos seus clientes.

Referências Bibliográficas

MATIAS, A.B. Finanças Corporativas de Curto Prazo: A gestão do Valor do Capital de Giro, Editora Atlas, 2006.


PROJETO DEMONSTRATIVOS E INDICADORES

 

Através da Metodologia de Balanço perguntado pudemos extrair informações na empresa suficientes para a elaboração do Balanço Patrimonial e da Demonstração de Resultados do Exercício, bem como para o cálculo de indicadores:

 

Balanço Patrimonial - O Furão

1.

Ativo

 R$ 18.050,00

2

Passivo

 R$ 77.422,00

1.1

Ativo Circulante

 R$ 1.050,00

 2.1.

Passivo circulante

 R$ 9.238,00

1.1.1.

Caixa

 R$ -  

 2.1.1.

Fornecedores

 R$ 720,00

1.1.2.

Bancos

 R$ -  

 2.1.2.

Empréstimos à pagar

 R$ 4.618,00

1.1.3

Estoques

 R$ 500,00

 2.1.3.

Aluguel

 R$ 400,00

1.1.4.

Contas à receber

 R$ 550,00

 2.1.4.

Pró-labore

 R$ 3.500,00

 

 

 

 2.1.5.

 

 

 

 

 

 2.1.6.

 

 

 

 

 

 2.1.7.

 

 

 

 

 

 2.1.8.

 

 

 

 

 

 2.1.9.

 

 

 

 

 

 

 

 2.1.10.

 

 

 

 

 

 

 

 2.1.11.

 

 

 

 

 

 2.1.12.

 

 

 

 

 

 

 

 

1.2

Ativo não circulante

 R$ 17.000,00

 2.2.

 

 R$ 1.498,00

1.2.1

Máquinas e Equipamentos

 R$ 17.000,00

 2.2.1.

Emprestimos de LP

 R$ 1.498,00

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 2.3.

Patrimônio Líquido

 R$ 66.686,00

 

 

 

 2.3.1

Capital Social

 R$ 37.000,00

 

 

 

 2.3.2.

Lucros e Prejuízos Acumulados

 R$ 29.686,00

 

DRE

Receita bruta

 R$ 77.184,40

Imposto sobre venda

 R$ 1.440,00

(=)Receita Liquida

 R$ 75.744,40

CPV

 R$ 21.060,00

(=)Lucro Bruto

 R$ 54.684,40

Código de Barras e Nota Fiscal Eletrônica

 R$ 1.760,00

despesa com aluguel

 R$ 4.800,00

Pró-labore

 R$ 42.000,00

Água, Luz, Telefone, Manutenção e Gás

 R$ 4.728,00

Contador

 R$ 3.600,00

Automóvel

 R$ 6.000,00

(=)Lucro antes Desp. E receitas fin.

-R$ 8.203,60

Despesa com impostos

 R$ 1.440,00

Despesa com empréstimos

 R$ 8.360,00

(=)Lucro liquido do período

-R$ 18.003,60

 

Indicadores de Capital de Giro

A Vista

92%

À Prazo

8%

Ponderado

Ciclo Econômico

12

Ciclo Econômico

12

Ciclo Econômico

12

PME

12

PME

12

PME

12

Matéria Prima

10

Matéria Prima

10

Matéria Prima

10

Fabricação

1

Fabricação

1

Fabricação

1

Produto Acabado

1

Produto Acabado

1

Produto Acabado

1

Ciclo Operacional

12

Ciclo Operacional

24

Ciclo Operacional

12,96

PMRV

0

PMRV

12

PMRV

0,96

Ciclo Financeiro

0

Ciclo Financeiro

12

Ciclo Financeiro

0,96

PMPF

12

PMPF

12

PMPF

12

 

É importante ressaltar que a ponderação dos indicadores de capital de giro foi feita com base no número de clientes e não na porcentagem do faturamente. Este dado sera revisado para o projeto final.

 

Os indicadores foram calculados também com base nos dados dos Demonstrativos para fins de comparação:

 

BP e DRE

Ciclo Econômico

102,5641026

PME

102,5641026

Ciclo Operacional

133,3475251

PMRV

30,78342256

Ciclo Financeiro

-21426,65247

PMPF

21560

 

Por fim também calculamos a Necessidade de Capital de Giro, o Capital de Giro Próprio e o Capital Circulante Líquido:

 

Indicadores

CCL

-R$ 8.188,00

NCG

-R$ 3.170,00

CGP

 R$ 49.686,00