Nessa tarefa, o grupo de alunos deve pensar e elaborar os diagramas de lógica de contatos para algumas aplicações, conforme as regras dispostas a seguir:

  • O grupo deve escolher apenas duas das aplicações propostas, à vontade.
  • Em cada aplicação o grupo deve apresentar um diagrama elétrico de sinalização, um diagrama elétrico de comando e controle, um diagrama elétrico de potência, um croqui ou desenho simplificado do posicionamento dos sensores, atuadores, motores, botões e etc. na estrutura física da aplicação, junto de um texto explicativo de seu funcionamento básico.
  • O diagrama elétrico de sinalização deverá apresentar lâmpadas indicadoras, alarmes sonoros, contatos normalmente abertos (NA) ou fechados, (NF) conforme a necessidade.
  • O diagrama de comando e controle deve apresentar botoeiras retentivas ou não retentivas, com contatos NA ou NF, chaves seletoras de duas posições, bobinas de contatores, contatos auxiliares de contatores, dispositivos temporizadores (tipo TON ou TOFF) com seus contatos NA ou NF, sensores de fim de curso e sensores de posição ou cortina de luz NA ou NF.
  • O diagrama de potência deve apresentar contatos de potência (NA ou NF) de contatores, cargas CC ou CA monofásicas e trifásicas de potência (resistências, motores e atuadores), elementos de proteção contra curto e sobrecarga para cada carga.
  • A documentação pode ser feita a mão e escaneada (com nota máxima até 7,0), pode ser feita de forma eletrônica com MSOffice, OpenOffice, Visio, ou similar (com nota máxima até 8,5), ou entregue em forma eletrônica juntamente com um arquivo de implementação básica, feita no software EKTS ou similar (com nota máxima até 10,0), testada, com eficácia comprovada.

A avaliação do trabalho não leva em conta apenas a implementação e o funcionamento das lógicas de contato, mas também as considerações de engenharia adotadas pelo grupo para a segurança das operações, para a economia da instalação e facilidade no diagnóstico de defeitos e manutenção.

O documento final da tarefa deve ser submetido até o prazo estipulado no site do eDisciplinas do curso.

Aplicações propostas e suas especificações funcionais

Portão de entrada de veículos

Realize a automação da abertura e fechamento de um portão de entrada de garagem. Para movimentar o portão será utilizado um motor de indução trifásico com ligação estrela dos enrolamentos de 2,0 [cv]. O completo fechamento do portão é detectado por uma chave fim de curso NA "ch1". Analogamente, a completa abertura do portão é detectada por uma chave fim de curso NA "ch2". Normalmente o portão permanece na posição fechado. Quando é acionado um botão NA, o sistema de automação deve abrir o portão e mantê-lo na posição completamente aberto durante 30 segundos. Transcorrido este tempo, o portão deverá ser fechado. Durante a abertura ou fechamento é importante que um sinal sonoro seja acionado.

Elevador de dois pavimentos

Um elevador de cargas de dois pavimentos é acionado por um motor de indução trifásico de 200,0 [cv]. O motor quando acionado em um sentido faz o elevador subir, no outro sentido, faz o elevador descer. O sistema é controlado por duas botoeiras de chamada NA, uma posicionada no pavimento 1 e outra posicionada no pavimento 2. Além disso, o elevador possui uma porta pantográfica com um sensor de posição de fechamento NA, que só permite a movimentação do elevador se a porta estiver fechada. Há um sensor de posição NA para sinalizar que o elevador chegou ao pavimento 1 e um sensor de posição NA para sinalizar que o elevador está no pavimento 2. Enquanto o elevador se movimenta de um pavimento ao outro, o pressionamento das boteiras é ignorado.

Sistema de mistura e condicionamento de resinas

Um tanque é abastecido manualmente com uma mistura de polímeros e reagentes para a produção de uma resina. Esse tanque possui duas bóias sensoras NA: uma que detecta que o tanque está vazio e uma que detecta que o tanque está cheio. Na parte inferior do tanque há uma eletroválvula cuja bobina, quando acionada, faz a drenagem do conteúdo do tanque. O tanque inicia sua operação vazio, com a eletroválvula desenergizada. Após carregamento manual dos insumos, um operador aciona um botão de partida, que inicia o processo se for detectado que o tanque está cheio. O tanque é aquecido por uma resistência de 10,0 [kW] potência, monofásica, e agitado por um misturador ligado a um motor de indução trifásico de 10,0 [cv], alimentado por uma ponte retificadora monofásica, durante 40 segundos. Após esse tempo, a resistência e a agitação são desligadas, e o sistema descarrega o conteúdo do tanque até que o tanque se esvazie completamente. Durante a operação, a botoeira de partida do ciclo é ignorada.

Sistema de comando de prensa hidráulica

Uma prensa hidráulica é acionada por um operador manualmente por uma de suas mãos. O operador possui um painel de comando com dois botões: abertura da prensa (NF) e fechamento da prensa (NA). Na área de segurança ao redor da prensa, há também dois botões de emergência retentivos (NF). Enquanto estiver pressionada a botoeira para fechar, deve ser acionado um motor de indução trifásico M1 de 50 [cv]. Enquanto estiver pressionada a botoeira para abrir, deve ser acionado um motor de indução trifásico M2 de 30 [cv]. Caso ambos os botões sejam pressionados, a precedência deve ser do comando de abertura.  Qualquer movimentação de fechamento da prensa só pode ocorrer se ambos os botões de emergência não estiverem sensibilizados e se um sensor de apoio de mão (NA) detectar que a outra mão do operador está posicionada sobre esse sensor. Um alarme deve soar se qualquer botão de emergência estiver pressionado.

CCM de drenagem de cisterna

Uma cisterna é responsável pela drenagem de infiltrações na barragem de uma pequena central hidroelétrica. Trata-se de um tanque, de alta capacidade, que possui uma bóia sensora NA na cota correspondente à cisterna vazia, e duas bombas (bomba 1 e bomba 2) para drenagem e recalque dos efluentes para o fluxo à jusante da barragem. As duas bombas são ligadas ou desligadas em um painel de CCM (centro de controle de motores) através de botoeiras de partida e parada (não retentivas, um par de botões para cada bomba). Quando necessário, um operador aciona a bomba 1 ou 2 para drenagem da cisterna. Quando acionada, cada bomba permanece operando continuamente até que seja parada pelo operador, ou até que a bóia sensora indique que a cisterna está vazia. Em nenhuma hipótese as bombas podem operar simultaneamente ou operar com a cisterna vazia. Cada bomba é um motor trifásico de indução, com rotor gaiola de esquilo, de 75 [cv].



Última atualização: quarta-feira, 15 mar. 2017, 22:58