Seção: Tópicos 4 e 5 - Representação Tecnológica e virtualidade pictórica | Representação Simbólica e Tecnologias da Virtualidade no Turismo (2016) | e-Disciplinas

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  • DISCIPLINA

    CRP 0498: REPRESENTAÇÃO SIMBÓLICA E TECNOLOGIAS DA VIRTUALIDADE NO TURISMO

    • Este é um espaço para um debate aberto sobre o conteúdo, a metodologia, a avaliação e outros aspectos desta disciplina. Sintam-se a vontade para publicarem, questionarem, discutirem, como esta disciplina está sendo conduzida e como vocês vêem seu possível desenvolvimento.

Tópicos 4 e 5 - Representação Tecnológica e virtualidade pictórica

  • Tópicos 4 e 5 - Representação Tecnológica e virtualidade pictórica

    Tópicos 4 e 5

    4. Uma breve história da representação tecnológica

    5. Uma história da virtualidade pictórica

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      Olhos do Império - parte 3 Arquivo

      Em anexo está o PDF do texto acima. 

      Eu selecionei um trecho que acho que toca diretamente na questão da representações e mais especificamente nas tecnologias das representações. Gostaria das considerações de vocês.

      O trecho é o seguinte:

      Grosseiramente, portanto, a descoberta neste contexto consistia em um ato de conversão dos conhecimentos (discursos) locais em conhecimentos europeus nacionais e continental, associados a formas e relações europeias de poder.

      Colocar a questão dessa forma é, obviamente, por um lado, um tanto agressivo o que efetivamente constituiu a dimensão heróica desse tipo ele descoberta, a saber, a superação de todas as barreiras geográficas, materiais, logísticas e políticas e à presença física e oficial de europeus em lugares tais como a África Central. Gostaria ele salientar as contradições ela perspectiva heróica. Afinal, o ato da descoberta em si, pelo qual tantas vidas anônimas foram sacrificadas e tantas misérias suportadas, consistiu naquilo que na cultura europeia é tido como uma experiência puramente passiva - a experiência de ver. Na situação em que Burton se encontrava no lago Tanganica, os feitos heróicos ela descoberta foram particularmente demandantes. Burton havia estado tão doente que teve ele percorrer boa parte elo trajeto carregado por assistentes africanos. Seu companheiro John Speke, embora capaz ele caminhar, havia perdido a visão em conseqncia de uma febre e, portanto, no momento crucial ela descoberta, estava literalmente incapaz de descobrir o que quer que fosse. Mesmo que o sofrimento exigido para se alcançar a descoberta seja inesquecivelmente concreto, neste paradigma ele meados do período vitoriano, a própria "descoberta", mesmo dentro da ideologia da descoberta, não existe em si mesma. Ela apenas se "torna" real quando o viajante (ou outro sobrevivente) volta para casa e a evoca através de textos: um nome num mapa, um relatório para a Royal Geographic Society, para o Foreign Office (Ministério das Relações Exteriores Britânico), para a London Missionary Society, um diário, uma aula, um livro de viagem. Eis aqui a linguagem encarregada por si só de fazer o mundo, e com altos interesses em jogo. Como os exploradores vieram a notar, rios de dinheiro e prestígio dependiam do crédito que conseguissem fazer com que outros lhes atribuíssem. (pg 342)

      PRATT, M. Os Olhos do Império. EDUSC. 

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