Programação
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As perspectivas futuras apontam para um ambiente de desenvolvimento baseado em inovação intensa, utilizando sistemas e serviços de base tecnológica. A rapidez e agilidade destas mudanças vão requerer uma interação harmônica entre grandes, pequenas e micro empresas, e delas com startups que incorporam o papel de prospectores e vanguarda inovadora.
Esse quadro privilegia a inovação proposta por grandes grupos empresariais, que ao invés de desenvolver projetos internos de inovação abre espaço para o empreendendorismo de base tecnológica. A proposta desta disciplina é analisar com mais detalhes esta perspectiva, suas dificuldades, oportunidades, técnicas e métodos. Alguns desses métodos são são inspirados por modelos clássicos que precisariam ser adaptados, e outros são iniciativas também empreendedoras. O equilíbrio está em ter uma referência de como proceder em cada caso.
As aulas presenciais serão realizadas na sala A3.
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Vamos começar o processo de modelagem de uma startup de base tecnológica, tratando dos primeiros passos: o brand e hyper awareness. No segundo caso, o do hyper awareness, temos o desafio de identificar, avaliar o potencial de ampliação e a melhor forma de comunicação com o público-alvo (essencial para qualquer startup e especialmente para uma startup de base tecnológica). Podemos usar como referência o modelo proposto por Steve Blank (para qualquer startup), mas destacaremos as diferenças e principais dificuldades que aparecem quando o alvo é uma tech startup.
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Assumimos que todos já trataram da formação das suas respectivas equipes. Agora o exercício será elaborar uma proposta com o brand e hyper awareness na forma de um projeto. Em seguida vamos marcar o primeiro milestone: fazer uma apresentação informal das propostas de startup.
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Vamos começar o primeiro trabalho que consiste da proposta (brand e hyper awareness) de uma startup de base tecnológica. Vocês têm até a aula do dia 19/09 para fechar essa proposta e no dia 12 de setembro devem fazer uma apresentação (pitch) da proposta inicial. Neste forum podem tirar dúvidas e postar ideias para este exercício. As equipes não podem mudar, mesmo que tenham um número menor que quatro na proposta inicial. Novas equipes serão ainda aceitas até a aula do dia 12/09 meia noite. Depois disso, se resolverem formar uma nova equipe esta só poderá apresentar os Milestones 2 e 3.
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A elaboração da proposta deve ponderar entre a abordagem puramente abstrata e "criativa" e a transformação disso em um projeto de engenharia, mesmo que parcialmente informal. A validação da (s) ideia (s) inicial (is) passa pela exploração e valiadação buscando mais informação de rearranjando objetivos, obstáculos e perspectivas. Concretamente vamos fazer isso usando o Lean Canvas, proposto por Eric Ries. O Lean Canvas atual tem já aspectos de plano de negócios mas vamos sublimar essa parte nesta fase inicial.
Os pontos essenciais são: não vamos propor uma tech startup baseada em "hardware", em produto puro. A experiência e recomendação de quase todos os founders é para evitar esse caminho. Portanto vamos pensar em um produto/serviço, onde a parte produto pode ser acrescentada como recurso, com pouca transformação. O foco é ter uma tech startup que seja um sistema, acoplando com o usuário e gerando valor. A vantagem é poder prover inovação intesiva e poder se adaptar às variações de mercado. Por isso mesmo será importante já nesta fase ter uma boa modelagem dos segmentos de usuário.
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Shankar, R.J., Bettenmann, D., Giones, F.; Building Hyper-Awareness: How to Amplify Weak External Signs for Improved Strategic Agility. California Management Review, 65(4), pp. 43-62, 2023.
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Por não termos tido aula na semana passada vamos precisar adaptar o nosso cronograma. A aula será agora ministrada no dia 12/09 e creio que será importante para orientar o trabalho de elaboração da proposta. Assim, a apresentação (pitch) ficará para o dia 19/09. Como consequência vocês poderão ainda propor equipes até a meia noite desta próxima quarta-feira, dia 11/09. Vejam no site da disciplina as equipes que já foram propostas, inclusive uma que só tem uma pessoa.
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Nessa aula as equipes apresentarão as respectivas propostas de tech startup. Cada equipe terá TRÊS minutos para fazer um pitch colocando sua proposta. Em seguida o professor fará duas perguntas a qualquer membro da equipe (a presença nesse caso é obrigatória). Cada equipe pode ficar à vontade para organizar a apresentação a partir da sua experiência. No entanto, se espera que todos tenham uma apresentação power point, que deverá ser depositada em PDF no coletor abaixo até as 10:00h do dia 19/09.
Devemos também exercitar a avaliação de propostas, o que também é uma forma de introjetar a cultura de startups e aprender com os erros (agora com o erro alheio). Vocês podem estar do "outro lado", isto é, do lado do receptor ou do anjo, o que avalia se a proposta é promissora. Portanto até a meia noite do dia 20/09 cada grupo defe enviar uma avaliação, UM PARÁGRAFO sobre cada um dos outros grupos. Avaliem, nesse momento, livremente, com critérios próprios. Até o final da disciplina vamos preencher essa lacuna e vocês voltarão a fazer esse exercício de forma direcionada, usando parâmetros parecidos com os que são usados pelos anjos.
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Cada grupo deve escrever UM PARÁGRAFO sobre a apresentação dos demais grupos. Não vamos nesse momento estabelecer critérios unificados, e cada grupo pode decidir sobre os critérios de análise que vai utilizar. As avaliações devem ser submetidas em um arquivo PDF até a meia-noite de dia 8 de setembro (primeira hora do dia 9 de setembro.
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Coloque aqui os slides da apresentação do seu grupo.
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Após a apresentação de uma proposta inicial de tech startup começaremos a desenvolver o projeto de inovação focando no domínio de inovação e na capacidade de absorver a tecnologia disponível e usar este conhecimento para gerar um produto/serviço. Esse processo está também ligado com a capacidade de analisar a janela de oportunidade, através do hyper awareness e de dimensionar, agora com mais propriedade, o público-alvo.
Portanto, o próximo passo depois da definição da proposta será a segmentação dos usuários, seguindo sempre uma metodologia ágil. Esta segmentação vai influenciar a definição dos canais que faremos na próxima aula, mas deve já começar a vislumbrar o plano de negócio (sem voltar o foco para este plano) seguindo uma proposta enxuta, baseada em uma "lean startup". O resultado obtido deve compor o Mininmun Viable Product/Service, e serve de base para tomada de decisão sobre a tech startup, sua inserção de mercado, e capacidade de vencer o gap da curva do sino.
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Slides da Aula6
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Yoss, S., 2012. Market Channels of Technology Startups that Internationalize Rapidly from Inception. Technology Innovation Management Review, October 2012: 32-37.
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Dissertação apresentada no programa de pós-graduação da FGV
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Até aqui discutimos de forma genérica como criar uma tech-startup seguindo um "mind set" voltado ao design thinking e a sistemas. O processo de awareness (brand e hyper) resultaram em proposta que foi objeto do pitch inicial, e que foi avaliado na aula passado. Estamos portanto na situação de buscar um desenvolvimento "ágil" ao mesmo tempo que buscamos também por um processo de projeto mais estruturado e confiável Portanto, é impossível evitar a sensação de que estamos gerenciando um processo complexo e até meio caótico (como uma malabarista equilibrando vários pratos ao mesmo tempo). O Diogo (vídeo disponibilizado anteriormente) diria que esse processo é um "Caos Focado". Ele em razão!
Nesta aula daremos mais um passo no projeto, agora avnçando e mudando de um canvas baseado no modelo de negócios para um canvas mais flexível e voltado ao projeto e aos usuários. O Lean Canvas foi proposto por Ash Murya e passaremos a usá-lo daqui em diante. Um modelo Latex será disponibilizado.
Finalmente discutiremos o aspecto serviço e como isso impacta o processo de design. Entre as propostas apresentadas apenas temos um produto-serviço e todas as outras são baseada eminentemente em serviço. Portanto esse ponto será muito importante para o restante do desenvolvimento.
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Nessa aula vamos tratar mais detalhadamente do processo de projeto de uma tech startup, combinando design thinking, o método ágil com a modelagem de sistemas e o modelo superposto do RUP (Rational Unified Process). Não seguiremos um modelo sequencial, mesmo o modelo proposto pelo Ash Maurya. A razão é simples, a maturidade no processo de desenvolvimento de uma tech startup é importante mas evolui juntamente com o projeto, portanto o razoável é rever tópicos importantes como o UVP (Unique Value Proposition), ou as vantagens com relação às soluções já existentes na medida que o processo avança retornando aos mesmos tópicos e tendo a possibilidade de alterá-los. Manteremos uma abordagem voltada para sistemas ao invés de produto, sempre com a perspectiva de ter um produto/serviço global.
O aspecto produto/serviço será retomado, mesmo que brevemente, à luz dos sistemas que foram sugeridos como proposta de startup.
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Data para a apresentação (presencial) do projeto (segunda fase)
A apresentação do projeto (fase 2) NÃO É UM PITCH. Cada equipe terá 10min para apresentar o seu projeto (ainda vale o poder de síntese), que deve ser baseada no modelo do Lean Canvas.
Antes da apresentação as equipes devem postar o projeto no e-disciplinas (lean canvas e link para a página do projeto) e os slides que serão usados.
As equipes terão 48h, depois da apresentação, para postar no Moodle uma breve avaliação das demais apresentações (um parágrafo para cada uma).
As equipes terão 48h, depois da apresentação, para postar no Moodle uma breve avaliação das demais apresentações (um parágrafo para cada uma).
Segunda avaliação:
20% para a avaliação dos colegas;
35% para a apresentação
45% para o projeto e documentação
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Continuando o nosso "ciclo de projeto" de tech startup, discutiremos hoje como concretizar o desenvolvimento do Lean Canvas com uma documentação mais efetiva usando um sistema simples na Web, baseado no Google Sites. O Google Site faz parte do G Suite e pode ser usado por todos sem custo. Mesmo trabalhando com uma abordagem bem simples (linear) podemos ter uma documentação de suporte ao canvas que é também um histórico do projeto que poderá convergir para a definição de um MVPS (uma etapa do projeto que não está explicitamente contemplada pela discussão da aula de hoje).
Em seguida vamos introduzir, nesta fase do projeto, a avaliação do suporte que pode ser dado por um Venture Builder e também o suporte que é possível conseguir no ecossistema de São Paulo, especificamente na USP. Este suporte pode ser muito importante para a consolidação da proposta. Não vamos praticá-lo, mas apenas incluir nas considerações. Na aula que vem voltaremos à discussão sobre a convergência para um modelo de MVPS e formas de fazer uma avaliação prévia deste modelo.
Veja a palestra feita pelo Ricardo Lomaski, do Technion de Israel, sobre o ecossistema israelense, que vem se destacando muito no mundo.
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Nesta aula vamos avançar na discussão sobre o processo de desenvolvimento de um MVPS, especialmente na priorização dos requisitos e especialmente no processo de modelagem. Na disciplina vamos reduzir essa modelagem ao mínimo, o que implica em modelar a jornada do usuário, dado que todas as propostas se referem a serviço ou no máximo a produto/serviço.
Este processo que antecede a avaliação do modelo (implica é claro em uma avaliação preliminar) deve ser sintetizado na apresentação que as equipes farão na próxima aula.
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Slides da Aula10
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Uma pesquisa feita com tech startups na India, em regiões marcadas para abrigar ecossistemas.
Sain, R. and Nair, R, Jaipur Int. Journal of Converging Technologies and Management, vol 1, no. 2, 2015.
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As equipes devem apresentar os respectivos projetos, baseados no Lean Canvas e com uma página de suporte no Google Sites.
Cada equipe terá 6 minutos para fazer a sua apresentação (o dobro to pitch inicial). Poderemos ter até quatro minutos de perguntas aos membros e respectivas respostas. A documentação (digital) do projeto deverá estar no e-disciplina até a meia-noite de hoje. Esta documentação consiste de: i) slides da apresentação; 2) Lean Canvas (ou link para o Overleaf), os slots do canvas devem ter os respectivos links para página do projeto.
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Coloque aqui o pdf da sua apresentação
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Coloque aqui o PDF do seu Lean Canvas (com o(s) link (s) para a página do projeto, onde estão os rationales). Se preferir coloque em um PDF o link para o Overleaf onde está o seu Lean Canvas.
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Coloque aqui sua opinião sobre a apresentação das outras equipes que não a sua.
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Vamos agora finalizar a proposta da tech startup juntando a proposta de projeto, baseada no Lean Canvas, a um modelo estratégico de negócio, baseado no Business Model Canvas (BM Canvas). Esse processo implica em "desconstruir" o projeto, enfatizando a viabilidade (técnica e de negócio, especialmente a segunda) e factibilidade, mostrando que é possível implementar a proposta em um negócio viável, dadas as condições de contorno, ligadas ao mercado imediato - baseado em "early adopters"- nas condições de concorrência, nas parcerias e no ecossistema. Esse novo canvas deve fazer parte do projeto final e da documentação.
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No processo de criação de uma startup (de base tecnológica) focamos no projeto do produto/serviço. O processo de negócios foi introduzido no final (depois de definido o produto/serviço e o MVPS) através do Lean Canvas apropriado para isso. Agora precisamos tratar da elaboração de um pitch para apresentar a proposta e atrair investidores. Portanto o desafio é fazer convergir a ideia inovadora (e checar se realmente é inovadora) e a perspectiva de negócio, ainda que em fase preliminar, e portanto a base do pitch é o projeto.
O pitch é uma apresentação curta e bastante focada, que alguém faria em alguns poucos minutos durante o deslocamento em um elevador onde, aproveitando o tempo de um investidor, que não lhe daria essa oportunidade em outras circunstâncias. Transportando essa "oportunidade" para uma situação mais controlada, onde agora você tem acesso a slides, multimedia e outros recursos, o desafio passa a ser fazer uma apresentação de 3 minutos e conseguir sintetizar os aspectos mais relevantes para convencer um "anjo" a investir no seu negócio. A 100 Open Startups (https://www.openstartups.net/site/), por exemplo, promove eventos onde avaliadores (do mercado, anjos, e da academia) assistem a pitches apresentados por startups (novas, emergentes, ou até consolidadas) que querem promoção, recursos, feedback, etc.
Vamos discutir como fazer um pitch, e como orientar a apresentação final que cada equipe fará na última aula.