Este curso tem por finalidade analisar criticamente os estudos sobre a metodologia comunicativa no ensino de línguas desde a década de 1970 até os movimentos atuais. Inicialmente, será proposta uma reflexão sobre as origens da Abordagem Comunicativa, a partir do declínio do método do audiolingual, percorrendo as fases de sua evolução até as atuais configurações de ensino: o nocional-funcional (Wilkins, 1972, 1976), o ensino baseado em conteúdos, baseado em tarefas (Prabhu, 1987; Willis, 1996), o ensino baseado em textos (Feez e Joyce, 1998) e o ensino baseado em competências (Auerbach, 1986, 2004). Em seguida, será discutido qual o lugar atribuído ao ensino da gramática ao longo das últimas décadas, uma vez que não há uma única posição em relação ao seu papel na Abordagem Comunicativa. Por um lado, autores como Krashen e Terrell (1983) acreditam que a exposição ao input desencadeia o processo de aquisição, não sendo necessário – nem eficiente - o ensino explícito de elementos lingüísticos. Por outro lado, Larsen-Freeman (1998) aponta a importância de integrar as três dimensões no ensino de LE: função, forma e significado. De forma semelhante, Long (1991) e Robinson (1998) discutem o papel ensino explícito de formas gramaticais (focus on form) no desenvolvimento interlingual, assim como Schimidt (1990), que defende a importância da atenção consciente do aprendiz à forma lingüística. Na última etapa do curso, será discutido um referencial teórico que busca a compreensão da dinâmica da sala de aula de línguas no cenário contemporâneo, centrado nos conceitos de “senso de plausibilidade” (Prabhu, 1987), de Era Pós-Método (Kumaravadivelu, 2003) e de Abordagem Ecológica (Tudor, 2001).