PROGRAMA/ EMENTA Partindo-se da premissa de que o pensar, o fabular, e a arte são necessários à sobrevivência humana, busca-se, nesta disciplina alguns fios que, no tecer da tradição literária, vieram a compor narrativas que receberam a denominação de Conto de fadas. No revisitar a tradição com o olhar da contemporaneidade, uma questão se impõe: encontrar lentes teórico-críticas que permitam examinar alguns aspectos, entre os quais figuram os diálogos que se estabeleceram entre, culturas, linguagens, suportes e tecnologias que engendraram a produção humana e a movência dessas narrativas. Desse modo, a proposta do curso visa a um estudo de perspectiva comparatista e interdisciplinar que abarque relações entre processos criativos, ideológicos e construção de imaginários. Objetivos: • Examinar um repertório de contos maravilhosos, de fadas e outras faturas, como lendas, fábulas, novelas, parábolas, que vieram a se configurar em um cânone expressivo para a literatura para crianças e jovens, como índices potentes de fenômenos apreendidos da cultura, fontes de conhecimento do homem e de seu lugar no mundo. (COELHO, 2008, p 23). • Introduzir perspectivas teórico-críticas que contribuam para reflexões acerca da história e formação da produção literária para crianças e jovens, notadamente sobre as narrativas que recebem denominações como: “contos de fadas”, “contos maravilhosos”, “contos populares”. Revisitar a formação da literatura infantil e juvenil no Brasil perscrutando a presença dos Contos de fadas nesse contexto. • Introduzir perspectivas que mobilizem reflexões acerca dos processos de tradução intersemiótica que ocorrem nas transposições da narrativa literária para os contextos de outras linguagens e suportes. • Rever teorias que abarquem noções sobre processos de autoria e recepção; reflexões acerca de atos de leitura e a configuração de diferentes tipos de leitores/espectadores. • Analisar comparativamente o repertório específico dessas obras literárias compreendendo o processo de movência, as traduções intersemióticas que as atualizam e ressignificam, em função de permanente reflexão sobre questionamento das linguagens, dos códigos sociais, da sensibilidade perceptiva envolvidos, da construção de imaginários, visando a examinar em especial aspectos estéticos asseguradores da natureza dessa ficção.