O objetivo é refletir sobre como referências simbólicas de movimentos e lutas sociais são identificados ou interpretados como patrimônios culturais, em processos que atrelam sentidos diversos e, por vezes, controversos. Decorrem daí os debates teóricos e conceituais a respeito das categorias memória, cultura, poder, representação e segredo, mobilizadas pelos diversos agentes, das instâncias do patrimônio cultural e dos movimentos e lutas sociais. Visa-se também a análise de casos da história do patrimônio no século XX e XXI, em torno da disputa de sentidos atribuídos a coleções. Observando consensos e dissensos, analisam-se as estratégias e metodologias utilizadas para o registro e representação de referências culturais contemporâneas no Brasil, a exemplo de inventários participativos e outras metodologias empreendidas por museus comunitários e outros agentes.