O minicurso tem como objetivo refletir sobre a importância das primeiras ações culturais do Brasil em países da América Latina, inspiradas no contexto das proposições estabelecidas pelas Conferências Pan Americanas, e a sua mudança de paradigma, após as reformas de 1930, quando o Brasil busca firmar-se como liderança política na região, reservando para si além da preeminência política o papel de principal parceiro dos EUA. Pretende-se também analisar as primeiras experiências de intercâmbio cultural ocorridas entre o Brasil e países da América Latina no âmbito das relações institucionais e na criação de políticas culturais de trocas entre as comunidades do campo da cultura da América Latina que resultaram na criação de bibliotecas, realização de feiras de livros, criação de centros culturais ou de Institutos culturais, produção de livros, entre tantas outras. Trabalha-se a participação de agentes culturais ligados ao governo Getúlio Vargas e com a tentativa de definir teoricamente que categoria de intelectual estabelecia compromissos com um governo que se esmerou na implantação de uma ferrenha e permanente política de perseguição àqueles que pensavam diferente dos ideólogos da revolução de 30.