PROGRAMA do CURSO
OBJETIVOS
O curso tem por objetivo apresentar os fundamentos do materialismo histórico dialético, reflexões filosóficas sobre a relação entre a sociedade e a natureza desenvolvidas à luz desta tradição do pensamento e a teoria da produção da natureza formulada por Neil Smith, situando esta última em relação ao pensamento de Henri Lefebvre e sua teoria sobre a produção do espaço. Também é objetivo do curso avaliar a atualidade da contribuição de Smith para uma compreensão crítica do processo de produção da natureza realizado sob o capitalismo nos dias de hoje.
CONTEÚDO
I – O materialismo dialético em formação; II - A natureza e o materialismo dialético no pensamento filosófico pós-Marx; III – Dialética, estratégia e reprodução das relações sociais; IV – Desenvolvimento desigual e produção da natureza.
FORMA DE AVALIAÇÃO
A avaliação se reportará à participação do aluno nas discussões em aula, aos comentários escritos apresentados por dupla referentes às leituras agendadas e ao trabalho final.
Ao final do curso, deverá ser entregue um trabalho escrito (com cerca de 20 páginas) sobre tema abordado na disciplina. É recomendável que o tema tratado tenha alguma relação ou afinidade com o objeto de estudo da dissertação de mestrado ou tese de doutorado. A data limite para a entrega do trabalho final é 20/01/2021.
LINK DA PASTA DO CURSO: https://drive.google.com/drive/u/1/folders/0AJygl0KpzH2KUk9PVA
PROGRAMA
18/9 |
Apresentação do programa do curso, formação das duplas e distribuição dos trabalhos |
I. Materialismo dialético em formação |
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1ª. Aula 18/9
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GORENDER, J. Introdução: o nascimento do materialismo histórico. In: MARX, K. e ENGELS, F. A ideologia alemã. São Paulo: Martins Fontes, 1998, pp.VII- XLIII. MARX, K. Manuscritos econômico-filosóficos [1844]. São Paulo: Boitempo, 2004, p. 19-38 e 61-114 (salário, renda da terra, trabalho, propriedade privada e comunismo) |
2ª. aula 25/9 |
MARX, K. e ENGELS, F. A ideologia alemã [1845-46]. São Paulo, Boitempo, 2007, p. 29-95. (Feuerbach) |
3ª. aula 02/10 |
MARX, K. Grundrisse [1857-58]. Rio de Janeiro, Boitempo, 2011, p. 35-56. (Introdução à crítica da economia política) Complementar: Ollman, B. Dance of dialectic. Illinois, University of Illinois Press, 2003, p. 11-20 e 59-112. (cap.1 e 5) |
4ª. aula 09/10 |
ENGELS, F. A dialética da Natureza. 3 ed., Rio de Janeiro, Paz e Terra, [1883]1979, p.15-70. |
II. A natureza e o materialismo dialético no pensamento filosófico pós-Marx |
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5ª. aula 16/10 |
SCHMIDT, A. El concepto de naturaleza en Marx [1962]. 2 ed., México/ Madrid/ Buenos Aires: Siglo Veintiuno Eds., 1977. pp. 9-108. |
6ª. aula 23/10 |
LUKÁCS, G. Prolegômenos para uma ontologia do ser social [1960-1970]. São Paulo: Boitempo, 2010. pp. 5-27 e 322-380 (pdf) e pp.9-31 e 325-382 (impresso). |
III. Dialética, estratégia e reprodução das relações sociais |
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7ª. aula 30/10 |
Lefebvre, H. A reprodução das relações de produção. Porto, Publicações Escorpião, 1973, p. 5-45 (pdf). (Introdução) |
IV. Desenvolvimento desigual e Produção da natureza |
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8 ª. aula 06/11 |
Smith, N. Desenvolvimento desigual: natureza, capital e a produção do espaço. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 1988. pp. 7-65 (prefácios, introdução e caps. 1) |
9 ª. aula 13/11 |
Smith, N. Desenvolvimento desigual: natureza, capital e a produção do espaço. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 1988. pp. 67-147 (caps. 2 e 3) |
10 ª. aula 27/11 |
Smith, N. Desenvolvimento desigual: natureza, capital e a produção do espaço. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 1988, pp. 149-188 (cap. 4) |
11 ª. aula 04/12 |
Smith, N. Desenvolvimento desigual: natureza, capital e a produção do espaço. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 1988, pp. 191-226 (cap. 5 e 6 e afterword da edição de 1990) |
12 ª. aula 11/12 |
Smith, N. ‘Nature as an accumulation strategy’, in L. Panitch & C. Leys (eds) Socialist Register 2007 (Monmouth: The Merlin Press), 2006, pp. 16-36. Katz, C. ‘Whose Nature, Whose Culture? Private Productions of Space and the ‘Preservation of Nature’. In: B. Braun and N. Castree (eds.) Remaking Reality: Nature at the Millennium. Routledge, London, 1998, p. 46–64. |