Programação
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Colocar aqui a apresentação do seminário. Obrigatório para nota.
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Entregue aqui o trabalho final. Três a quatro páginas em espaço 1,5. Por favor colocar o arquivo em pdf já formatado. Não será permitida e entrega por email ou papel. Entrega até dia 11 de dezembro.
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A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo
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Casa Grande e Senzala - Parte 1 - O Português e o Índio
Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa:
"Navegar é preciso; viver não é preciso".
Quero para mim o espírito [d]esta frase,
transformada a forma para a casar como eu sou:Viver não é necessário; o que é necessário é criar.
Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso.
Só quero torná-la grande,
ainda que para isso tenha de ser o meu corpo
e a (minha alma) a lenha desse fogo.Só quero torná-la de toda a humanidade;
ainda que para isso tenha de a perder como minha.
Cada vez mais assim penso.Cada vez mais ponho da essência anímica do meu sangue
o propósito impessoal de engrandecer a pátria e contribuir
para a evolução da humanidade.É a forma que em mim tomou o misticismo da nossa Raça.
Fernando Pessoa
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Casa Grande e Senzala - O Escravo NegroSou NegroSOLANO TRINDADESou negro meusavós foram queimados pelo sol da Áfricaminh`alma recebeu o batismo dos tamboresatabaques, gongôs e agogôsContaram-me que meus avósvieram de Loandacomo mercadoria de baixo preçoplantaram cana pro senhor de engenho novoe fundaram o primeiro MaracatuDepois meu avô brigou como um danadonas terras de ZumbiEra valente como quêNa capoeira ou na facaescreveu não leuo pau comeuNão foi um pai Joãohumilde e mansoMesmo vovónão foi de brincadeiraNa guerra dos Malêsela se destacouNa minh`alma ficouo sambao batuqueo bamboleioe o desejo de libertação
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Raízes do Brasil - Sérgio Buargue de Holanda
A MÃO
Carlos Drummond de Andrade
Entre o cafezal e o sonho
o garoto pinta uma estrela dourada
na parede da capela,
e nada mais resiste à mão pintora.
A mão cresce e pinta
o que não é para ser pintado mas sofrido.
A mão está sempre compondo
módul-murmurando
o que escapou à fadiga da Criação
e revê ensaios de formas
e corrige o oblíquo pelo aéreo
e semeia margaridinhas de bem-querer no baú dos vencidos
A mão cresce mais e faz
do mundo-como-se-repete o mundo que telequeremos.
A mão sabe a cor da cor
e com ela veste o nu e o invisível.
Tudo tem explicação porque tudo tem (nova) cor.
Tudo existe porque foi pintado à feição de laranja mágica
não para aplacar a sede dos companheiros,
principalmente para aguçá-la
até o limite do sentimento da terra domícilio do homem.
Entre o sonho e o cafezal
entre guerra e paz
entre mártires, ofendidos,
músicos, jangadas, pandorgas,
entre os roceiros mecanizados de Israel,
a memória de Giotto e o aroma primeiro do Brasil
entre o amor e o ofício
eis que a mão decide:
Todos os meninos, ainda os mais desgraçados,
sejam vertiginosamente felizes
como feliz é o retrato
múltiplo verde-róseo em duas gerações
da criança que balança como flor no cosmo
e torna humilde, serviçal e doméstica a mão excedente
em seu poder de encantação.
Agora há uma verdade sem angústia
mesmo no estar-angustiado.
O que era dor é flor, conhecimento
plástico do mundo.
E por assim haver disposto o essencial,
deixando o resto aos doutores de Bizâncio,
bruscamente se cala
e voa para nunca-mais
a mão infinita
a mão-de-olhos-azuis de Candido Portinari.
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Formação do Brasil Contemporâneo
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O que faz o brasil, BrasilE quem te disseQue miséria é só aqui?
Que a miséria não sorri?
Quem tá falando
Que não se chora miséria no Japão?
Quem tá pensando
Que não existem tesouros na favela?
Fernanda Abreu
http://www.vagalume.com.br/fernanda-abreu/tudo-vale-a-pena.html#ixzz23XhtEW5u -
Estação Carandiru
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Mauá - O Imperador e O Rei