Ao longo do século XX o Brasil transitou de uma economia agro-exportadora para uma economia de base industrial. Tal movimento foi acompanhado por um debate longo e abrangente, envolvendo vários tipos de discussões sobre o papel do setor exportador brasileiro no desenvolvimento, o papel e a estrutura ao Estado necessária a este desenvolvimento, as condições e formatos das políticas monetárias e fiscais ente outras. Estes debates tinham raízes nos debates imperiais e da República Velha e ganharam novo fôlego durante o “ciclo ideológico do desenvolvimentismo”, que se originou em 1930, experimentou um auge a partir de 1945 e entrou em crise no início da década de 1960. Nesse período decisivo, em que se lançaram as bases da configuração atual do nosso sistema produtivo, pensadores com claros compromissos de ação imaginaram novos caminhos para uma sociedade mutante, associando suas idéias econômicas a diferentes projetos de modernização do Brasil. Durante a ditadura militar estes debates mudaram de formato e chegam aos dias de hoje na chamada Nova Republica marcados pelas novas condições da economia internacional com a globalização e suas crises e os novos estágios e problemas em uma economia não mais essencialmente agro-exportadora mas que ainda enfrenta problemas e possui diferentes opções para a continuidade ou a retomada do seu desenvolvimento.