Oferecer aos alunos conhecimentos introdutórios aos processos tafonômicos relacionados a sepulturas humanas, ao reconhecimento e identificação óssea humana, às técnicas de estimativa de sexo e idade em esqueletos e às técnicas de escavação e coleta de remanescentes esqueléticos humanos, fornecendo conhecimento técnico-metodológio relacionado à escavação e à interpretação de estruturas funerárias.
O encontro da arqueologia com as comunidades e populações tradicionais tem sido fundamental para o desenvolvimento das práticas e dos conhecimentos arqueológicos. Ao longo da história da disciplina, os arqueólogos sempre se utilizaram de dados etnográficos para elaborar suas interpretações sobre os materiais arqueológicos. Primeiramente, se apropriando dos dados produzidos por outrem (p.ex. viajantes, naturalistas, antropólogos, missionários, funcionários estatais, etc) e, posteriormente, se utilizando dos dados obtidos a partir de suas próprias observações etnográficas. Nesta disciplina pretendemos compreender esta faceta da prática arqueológica, analisando como as diferentes formas de apropriação e/ou obtenção de dados etnográficos (p.ex. analogia etnográfica, etnoarqueologia, arqueologia experimental, arqueologia do presente, etnografia arqueológica, etnografia da arqueologia) são reveladoras das transformações teórico-metodológicas da disciplina ao longo do tempo, e do modo como ela tem compreendido a materialidade arqueológica e a sua relação com diferentes coletivos humanos.