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Vale prevê ao menos US$2 bi para reduzir em 33% emissões de CO2 até 2030 |
RIO
DE JANEIRO (Reuters) - A Vale prevê investir ao menos 2 bilhões de
dólares para reduzir em 33% suas emissões absolutas de carbono, diretas e
indiretas, até 2030, em uma iniciativa que visa fazer frente ao Acordo
de Paris, afirmou à Reuters nesta terça-feira o diretor-presidente da
mineradora, Eduardo Bartolomeo. As
emissões diretas, conforme a companhia, são provenientes de operações
próprias e as indiretas, de origem externa usadas no processo produtivo,
como o consumo de energia elétrica. O
montante, que já está previsto nos investimentos da mineradora para os
próximos anos, será para projetos como uso de biodiesel na área de
metais básicos, eficiência energética, eletrificação de mina e ferrovia e
uso de biocombustíveis na pelotização em substituição ao carvão e de
energia renovável. A
iniciativa é um avanço na agenda do clima da empresa, que em dezembro,
informou ter como objetivo se transformar em uma empresa com emissão
líquida zero nos chamados escopos 1 e 2 em 2050. "É
uma meta bastante agressiva quando compara com outros pares... Mas,
mais importante, foi que nós demos algo que ninguém deu ainda, que é o
caminho para atingir essa meta com um grau de granularidade que está
ali", disse Bartolomeu, em entrevista por meio de uma plataforma
eletrônica. O
ano-base usado no cálculo da meta carbono foi o de 2017, quando a Vale
emitiu 14,1 milhões de toneladas de CO2 equivalente (MtCO2e). O objetivo
é reduzir para 9,5 MtCO2e em 2030. Segundo
o executivo, a iniciativa da Vale ocorre como um dos resultados de um
maior diálogo com a sociedade, buscado após o rompimento de barragem em
Brumadinho (MG) em 2019, por meio do qual foi possível identificar um
desejo de maior robustez em compromissos da empresa para a questão
ambiental. "Brumadinho nos acordou para uma necessidade de se relacionar de forma diferente com a sociedade", frisou. PROJETOS EM CURSO Como
parte das iniciativas, a Vale criou um Fórum de Baixo Carbono, liderado
por Bartolomeu, mas que conta com diversos funcionários da empresa para
guiar a implementação e a entrega dos compromissos assumidos. Também
presente na entrevista, o diretor-executivo de Relações Institucionais,
Comunicação e Sustentabilidade da Vale, Luiz Eduardo Osorio, destacou
que estão sob análise 35 inciativas por meio de uma ferramenta que
permite a ordenação de projetos em termos de custos e potenciais de
redução de emissão. Até
o fim do segundo semestre deste ano, já entram em operação alguns
projetos pilotos para a redução de emissões, afirmou Osorio. A
Estrada de Ferro Vitória Minas (EFVM) irá receber a primeira locomotiva
de manobra 100% elétrica, veículos elétricos serão testados em operação
subterrânea na Mina de Creighton, no Canadá, e a pelotizadora da Vale
em São Luís (MA) substituirá o carvão por biocombustível, explicou. Ele
destacou ainda que a empresa irá restaurar e proteger mais 500 mil
hectares de floresta nativa restaurados e protegidos até 2030. Hoje, a
empresa já ajuda a proteger mais de 1 milhão de hectares no mundo,
segundo o executivo. Osório
afirmou ainda que, além da ambição de neutralizar suas emissões de
carbono de escopos 1 e 2 até 2050, a Vale planeja estabelecer uma
ambição para o escopo 3, para induzir clientes e fornecedores na mesma
direção. "Nós
estamos já em conversas com clientes e fornecedores para que a gente
busque na mesma direção o que vamos assumir", disse Osório. Fonte: Yahoo Notícias Data da Veiculação: 12/05/2020 |
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