Coleção 6 – Fundações por estacas : projeto geométrico.

1) Similar ao exercício 4 da coleção 5. Agora, no entanto, você deve determinar os comprimentos das estacas utilizando os processos semi-empíricos lá citados. Procure entender como cada um deles funciona e o que têm em comum. Décourt-Quaresma: Velloso e Lopes, vol. 2, págs. 120-123; FTP, págs. 275-276. Aoki-Velloso: V&L, vol. 2, págs. 115-120; FTP, págs. 274-275. Antunes-Cabral: V&L, vol. 2, págs. 130-131. Alonso: V&L, vol. 2, pág. 131. Sugestão: em vez de determinar o comprimento da estaca (para o que seria interessante desenvolver uma planilha com cargas últimas determinadas de metro em metro), faça pelo menos uma verificação, por D-Q por exemplo, do comprimento encontrado no exercício 4 da coleção 5.

2)

ELU: grupos com n estacas muito próximas tendem a “aprisionar” o solo entre elas, eliminando o efeito benéfico de atrito lateral e, portanto, diminuindo a eficiência. Dados experimentais da literatura sugerem manter espaçamento de 2 a 3 diâmetros entre estacas, de modo a garantir uma força resistente que seja pelo menos igual à soma das forças resistentes da estaca isolada, sujeita a carga / n. Compactação de areias fofas sob cravação de estacas pode ser benéfica para o grupo, mas é essencial ter o cuidado de cravar sempre “de dentro para fora”, sob pena de não conseguir cravar as últimas estacas do grupo.

ELS: recalques do grupo de n estacas são, em geral, maiores do que os recalques da estaca isolada sujeita a carga / n. Justificativa: influências de umas estacas do grupo sobre as outras (passível de cálculo elástico, utilizando a solução de Mindlin, já discutida). Dependendo da rigidez do bloco, essas influências podem também causar distribuição não uniforme de carga entre as estacas do bloco. Por exemplo, bloco muito rígido impõe deslocamentos verticais iguais e, em conseqüência da interação entre estacas através do solo, as estacas centrais têm uma tendência a oferecer menor rigidez ao conjunto e, portanto, recebem cargas menores do que carga / n; as estacas de periferia, em compensação, são sobrecarregadas.

Suportar uma carga de 3900 kN com uma estaca para 3900 kN ou com 3 para 1300 kN? Blocos sempre oferecem uma oportunidade de redistribuição de cargas, em caso de falha de um dos elementos. Estaca única inviabiliza essa linha complementar de segurança; portanto cuidados executivos têm que ser redobrados para minimizar a probabilidade de defeitos, quando for essa a opção.

3) Utilizar tabela e blocos esquemáticos fornecidos. Na divisa (P24), escolhida a configuração bloco já se conhece a excentricidade para verificação do equilíbrio da viga alavanca e cálculo do alívio no pilar central (P19). Discuta a configuração mais eficiente para o bloco de divisa. Faça os cálculos e desenhe os blocos! Como sempre, lembre-se de que tudo se resume a equilíbrio (de forças e de momentos! Em particular, a resultante das reações tem que ter a mesma linha de ação da carga aplicada!).

4) Quais pilares terão blocos individuais? Quais exigirão vigas-alavanca (divisas)? P15 e P16 (elevadores) devem ter blocos maiores. P7, P8, P12 e P13 (caixa de escada) também.

5) Treinamento.

Última atualização: domingo, 7 mai. 2017, 18:51