Dicionário de Epidemiologia, Saúde Pública e Zoonoses
Dicionário de Epidemiologia, Saúde Pública e Zoonoses, com as definições dos principais termos utilizados em epidemiologia, saúde pública, saúde animal e zoonoses.
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EndemiaEndemia é caracterizada pela ocorrência de uma doença presente de maneira permanente e persistente em uma determinada região, que não se espalha para outros lugares. Região essa que possuí condições que facilitam a persistência de certas fontes de infecção. O espaço em que essa doença ocorre é determinado de faixa endêmica. A cólera é um exemplo de endemia na índia, por exemplo, devido à intensa contaminação do rio Ganges. | |
Ensaio ClínicoSão indicados para avaliar a segurança e eficácia de um novo produto; uma nova formulação de um mesmo produto ou associação de produtos já em uso e uma nova indicação clínica de um produto já aprovado. Os ensaios podem avaliar o efeito terapêutico (drogas) ou profilático (vacinas). Referência bibliográfica: ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE E FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE (Brasília) (Ed.). Métodos de investigação epidemiológica em doenças transmssíveis. 1997. Disponível em: <https://posstrictosensu.iptsp.ufg.br/up/59/o/Modulo1-Estudosdeprevalencia.pdf>. Acesso em: 10 ago. 2016. | ||
EnterotoxinaSão toxinas que agem no intestino que são produzidas por diversos tipos de microorganismos podendo causar principalmente dores abdominais, diarreias e vomitos, sendo esta uma das causas da intoxicação alimentar. | ||
EnzooseDoença exclusiva de animais. | |
EpidemiaO termo epidemia é utilizado para uma doença cujo aparecimento é súbito e se propaga por uma determinada zona geográfica afetando um número significativo de pessoas ou de animais. O conceito operativo usado na epidemiologia é uma alteração, espacial e cronologicamente delimitada, do estado de saúde-doença de uma população, caracterizada por uma elevação inesperada e descontrolada dos coeficientes de incidência de determinada doença, ultrapassando valores do limiar epidêmico preestabelecido para aquela circunstância e doença. Um exemplo é a gripe espanhola (1918 - 1919) que matou milhares de pessoas. Quando a epidemia é breve e afeta um número limitado de pessoas, chama-se processo epidêmico. E quando a epidemia ultrapassa fronteiras e adquire grandes dimensões, ela passa a ser chamada de pandemia. | |
EpidemiologiaCiência que estuda a distribuição e os determinantes dos problemas de saúde em populações. ou Ciência que estuda a saúde das populações (Dictionary of Veterinary Epidemiology) Bibliografia: DUARTE PEREIRA, Sheila. Conceitos e Definições da Saúde e Epidemiologia usados na Vigilância Sanitária. Centro de Vigilância Sanitária, São Paulo, 2007. Disponível em: <http://www.cvs.saude.sp.gov.br/pdf/epid_visa.pdf>. Acesso em: 21 de agosto, 2016 | |
EPIZOOTIADoença ou morte de animal ou de grupo de animais que possa apresentar riscos à saúde pública. Fonte: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2014/prt1271_06_06_2014.html> ou Epidemia nos animais (Dictionary of Veterinary Epidemiology) (ver epidemia). Ocorrência de uma doença ou agravo afetando um número de indivíduos claramente maior que o número esperado para aquela região ou período de tempo. Comentário: como o termo não adiciona nada ao conceito de epidemia, recomenda-se utilizar o termo epidemia (Dictionary of Veterinary Epidemiology). | ||
EquilíbrioEstado em que um sistema não experimenta mudanças. Uma população está em equilíbrio www.abpbrasil.org.br/departamentos/coordenadores/coordenador/noticias/imagens/glossario_de_epidemiologia.pdf | |
EquinococoseDoença causada por um verme achatado Echinococcus granulosus, que se propaga pela água e alimentos contaminados, sua diferença para a hidatidose é que a infecção do hospedeiro definitivo e é causada pelo verme adulto, e não pela larva. Referência SIQUEIRA, Nilton Ghiotti de. Hidatidose policística no Estado do Acre: contribuição para o diagnóstico, tratamento e prognóstico dos pacientes. 2010. | |
ErradicaçãoConsiste na redução a zero da incidência da doença e na manutenção deste valor zero independentemente da continuidade de realização de medidas de controle e prevenção. Corresponde à extinção artificial da espécie do agente responsável por determinada doença, permitindo o fim da realização de medidas de controle e prevenção em relação a essa doença. Fonte: http://www.abpbrasil.org.br/departamentos/coordenadores/coordenador/noticias/imagens/glossario_de_epidemiologia.pdf TAUIL, P. L.Controle de agravos à saúde: consistência entre objetivos e medidas preventivas. IESUS, VII(2), Abr/Jun, 1998. Disponível em: http://scielo.iec.pa.gov.br/pdf/iesus/v7n2/v7n2a06.pdf. Acesso em 27 de novembro de 2016. | |
EspecificidadeEspecificidade diz respeito a capacidade do teste diagnóstico de afastar doença em pacientes
saudáveis, ou seja, a razão entre testes negativos em pacientes
saudáveis e a totalidade dos pacientes saudáveis (d/b+d). Em outras palavras, reflete o quanto ele é eficaz em identificar corretamente os
indivíduos que não apresentam a condição de interesse. http://widoctor.com.br/testes-diagnosticos/ https://www.portaleducacao.com.br/nutricao/artigos/32812/conceitos-de-sensibilidade-e-especificidade | |
EsporulaçãoProcesso reprodutivo assexuado em que o organismo desenvolve, com órgãos reprodutivos especializados, esporângios, que produzem células reprodutoras especializadas, os esporos. Fonte: https://www.infopedia.pt/$esporulacao | |
Estudo de coorteUm estudo observacional no qual um grupo de animais expostos a uma causa hipotética é comparado com um grupo não tão exposto, com relação ao desenvolvimento de uma determinada doença. Referência: Thrusfield, Epidemiologia Veterinária, segunda edição. | ||
Estudo de PrevalênciaSão os estudos descritivos populacionais mais amplamente
difundidos e publicados em epidemiologia. Nestes estudos, os quais podem ser denominados também de estudo transversal ou de corte-transversal, obtém-se a freqüência de ocorrência dos eventos de saúde em uma população em um ponto no tempo ou em curto espaço de tempo. Os estudos transversais
permitem, também, investigar associações entre fatores de risco e doença, embora não seja o
delineamento mais eficiente para se estudar causalidade, e portanto, podem ser classificados como
analíticos. Referência bibliográfica: ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE E FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE (Brasília) (Ed.). Métodos de investigação epidemiológica em doenças transmssíveis. 1997. Disponível em: <https://posstrictosensu.iptsp.ufg.br/up/59/o/Modulo1-Estudosdeprevalencia.pdf>. Acesso em: 10 ago. 2016. | ||
Estudo TransversalO estudo transversal é um tipo de estudo que examina as pessoas em um determinado momento, fornecendo dados de prevalência; aplica-se, particularmente, a doenças comuns e de duração relativamente longa. Envolve um grupo de pessoas expostas e não expostas a determinados fatores de risco, sendo que algumas dessas apresentarão o desfecho a ser estudado e outras não. A ideia central do estudo transversal é que a prevalência da doença deverá ser maior entre os expostos do que entre os não-expostos, se for verdade que aquele fator de risco causa a doença. As vantagens do estudo transversal são a rapidez, o baixo custo, a identificação de casos e a detecção de grupos de risco. Entretanto algumas limitações existem, como, por exemplo, a da causalidade reversa-exposição e desfecho são coletados simultaneamente e frequentemente não se sabe qual deles precedeu o outro. Nesse tipo de estudo, episódios de doença com longa duração estão sobre-representados e doenças com duração curta estão sub-representadas (o chamado viés de sobrevivência). Outra desvantagem é que se a prevalência da doença a ser avaliada for muito baixa, o número de pessoas a ser estudado precisará ser grande Referência: Menezes, A. M. (2001). Noções básicas de epidemiologia. Silva LCC, Menezes AMB, organizadores. Epidemiologia das doenças respiratórias. Rio de Janeiro: Revinter, 1-25. | ||
etiologiaÉ a causa específica de uma determinada doença. Fonte:http://www.abpbrasil.org.br/departamentos/coordenadores/coordenador/noticias/imagens/glossario_de_epidemiologia.pdf | |
EuzoonoseDoenças em que o ciclo biológico completo do agente etiológico necessita obrigatoriamente da passagem por seres humanos. Exemplo: Complexo Teniase-Cisticercose Fonte: https://www.google.com.br/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://www.santamaria.rs.gov.br/docs/gc_docs/2011/10/D05-95.pdf&ved=0ahUKEwisiOvDxvHPAhVIfpAKHR8oBwgQFggiMAM&usg=AFQjCNEk0wrWuWdFEnXyIUlywDaTkTjt3w | |
EvoluçãoÉ descendência com modificação. Engloba evolução em pequena escala ( mudanças em frequência gênica em uma população de uma geração para a próxima) e evolução em larga escala ( a progênie de espécies diferentes de um ancestral comum após muitas gerações) (<www.ib.usp.br>). | |