Programação

  • Por que não falamos Latim brasileiro?



    Programa Resumido
    A disciplina visa estudar o processo de difusão do latim pelo território que ganhou a denominação de “România”, as mudanças relevantes ocorridas na formação da principais variedades faladas românicas e a influência do contato entre o latim e outras línguas. Trata-se de observar, principalmente a partir da Reforma Carolíngia nos séculos VIII e IX, uma série de mudanças no próprio latim, as quais estimularam a aparição de outras normas ortográficas inovadores que revelaram a presença de diferentes variedades românicas. Essas novas modalidades escritas deslocaram aos poucos a norma ortográfica latina tradicional da função privilegiada que antes desempenhava nos diferentes domínios da România pós-imperial.


    Programa
    • O problema dos latins: "clássico", “vulgar” e o "latín vulgar leonés": 
      • a “Teoria das Duas Normas” clássica.
      • a “Tese da Heterogeneidade do latim oral” ou “Teoria do Monolinguismo Complexo” do latim oral pré-carolíngio e pré-gregoriano.
    • O papel da escrita na “invenção” das línguas neolatinas e do latim medieval.
    • O contínuo românico e as línguas nacionais.

    Avaliação
         
    Método
    Exposição e discussão de temas em sala de aula e trabalho escrito.
    Critério
    Compreensão dos termos dos debates propostos e capacidade de explicação das mudanças linguísticas e extralinguísticas que originaram a línguas românicas.
    Norma de Recuperação
    A atividade de recuperação será feita, em data a ser definida pelo professor, mediante trabalho ou prova escrita, também a critério do professor da disciplina. Para a aprovação, o aluno deverá obter nota maior ou igual a 5,0 (cinco) nessa atividade.
     
    Bibliografia
        

    MANUAIS TRADICIONAIS DE FILOLOGIA E LINGUÍSTICA HISTÓRICA ROMÂNICA

    BALDINGER, K. (1963). La formación de los dominios lingüísticos em la Península Ibérica. Madrid: Gredos.
    BANNIARD, M. (1997). Du latin aux langues romanes. Paris: Éditions Nathan.
    BONFANTE, G. (1998). The Origin of the Romance Languages: Stages in the Development of Latin. Heidelberg: Universitätsverlag C. Winter. 
    BOYD-BOWMAN, L. (196...). From Latin to Romance in Sound Charts. Chicago: University of Chicago Press.
    ELIA (1979). Preparação à lingüística românica. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico.
    HALL JR, R. A. (1950). ‘The reconstruction of Proto-Romance’, Language 26: 6-27. 
    ---. (1974). External History of the Romance Languages. New York: American Elsevier Publishing Company.
    ILARI (2002). Linguística românica. São Paulo: Attica.
    LAUSBERG (1974). Lingüística românica. Lisboa: Fundação Gulbenkian.
    MAURER JNR. (1962). O problema do latim vulgar.
    PULGRAM, E. (1950). ‘Spoken and written Latin’, Language 26: 458-66.
    ---. (1975). Latin-Romance Phonology: Prosodics and Metrics. Munich: Wilhelm Fink. 
    SILVA NETO, S. (1957). História do latim vulgar. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico.
    WARTBURG, W. (1952). La fragmentación lingüística de la Románia. Madrid: Gredos.

    TEXTOS QUE DIALOGAM COM O SOCIOFILOLOGIA WRIGHTIANA

    BANNIARD, M. (1992). Viva voce: communication écrite et communication orale du IVe au IXe siècle en occident latin. Paris: Institut des études augustiniennes.
    DWORKIN, S. N. (1995). ‘Latín tardío y romance temprano: implicaciones léxicas de una hipótesis controvertida’, in M. Pérez González (ed.). Actas del I congreso nacional de latín medieval, 3: 489-94.
    HERMAN, J., 1967 [2000]. Le latin vulgaire. Paris: Presses Universitaires de France.
    ---. (2000) [translated by R. Wright]. Vulgar Latin. University Park, PA: Pennsylvania State University Press.
    ---. (1991). ‘Spoken and Written Latin in the Last Centuries of the Roman Empire. A Contribution to the Linguistic History of the Western Provinces’, in R. Wright (ed.), Latin and the Romance Languages in the Early Middle Ages, 29-43.
    ---, 1992. ‘Sur quelques aspects du Latin mérovingien: langue écrite et parlée’, in M. Iliescu & W. Marxgut (eds.). Latin vulgaire – latin tardif III. Actes du iii Colloque International sur le latin vulgaire et tardif (Innsbruck, 1991). Tübingen: Niemeyer, 173-186. 

    TEXTOS DE ROGER WRIGHT

    WRIGHT, R. (1982). Late Latin and Early Romance in Spain and Carolingian France. Liverpool: Francis Cairns.
    ---. (ed.) (1991). Latin and the Romance Languages in the Early Middle Ages. London: Routledge. (Reprint 1996: University Park, PA: Pennsylvania State University Press).
     
    ---. (1993). ‘La escritura - ¿foto o disfraz?’, in R. Penny (ed.), Actas del I congreso anglo- hispano, 1/3 (Lingüística): 225-34. 
    ---. (1994). Early Ibero-romance: Twenty-One Studies on Language and Texts from the Iberian Peninsula between the Roman Empire and the Thirteenth Century. Newark, DEL: Juan de la Cuesta. 
    ---. (1999). ‘Reading a will in twelfth-century Salamanca’, in H. Petersmann & R. Kettemann (eds), Latin vulgaire – latin tardif V, 505-516.
    ---. (2000). ‘The assertion of Ibero-Romance’, Forum for Modern Language Studies 36, 231-240.
    ---. (2000). El Tratado de Cabreros (1206): estudio sociofilológico de una reforma ortográfica. London: Department of Hispanic Studies Queen Mary and Westfield College.
    ---. (2002). A Sociophilological Study of Late Latin. Turnhout: Brepols.

  • O monolinguismo complexo

  • Avaliação final