Os Australopitecíneos



Em 1925, Raymond Dart, um antropólogo e anatomista australiano, enquanto lecionava em uma Universidade de Johannesburg, na África do Sul, estudou um crânio de um primata fossilizado e atribuiu a ele o nome de Austalopithecus africanus. Esse nome científico significa "macaco da África do Sul". Tal fóssil ficou sendo conhecido como "Criança de Taung". Dart postulou que tal espécime pertencia a uma espécie ancestral da espécie humana, o que foi contestado por antropólogos nesssa época, que, em sua maioria, acreditavam em uma origem humana asiática.

Mais tarde, em 1972, uma equipe de paleoantropólogos eminentes foi organizada especialmente para a procura de fósseis ancestrais humanos em uma formação rochosa (jazida de Afar) propícia para tal na Etiópia. Em 1974, um esqueleto quase completo foi encontrado. Esse fóssil foi batizado de Lucy, em referência a uma canção dos Beatles que se chama "Lucy in the skies with diamonds". A espécie à qual Lucy pertenceu foi denominada de Austalopithecus afarensis, referência ao lugar onde o primeiro exemplar foi encontrado. As datações por radiometria permitiram estimar que Lucy viveu há pouco mais de 2 milhões de anos. As características anatômicas desse e de outros exemplares dessa espécie indicavam claramente que ela adotava a postura bípede.