Nova teoria evolutiva


A construção de uma nova teoria evolutiva


Cerca de 50 anos depois da publicação de Filosofia Zoológica (a obra mais importante de Lamarck), foram apresentados em Londres dois trabalhos que continham uma nova teoria evolutiva: um de autoria de Charles Darwin (1809-1882) e outro de autoria de Russell Wallace (1823-1913).

Figura 4.5

O trabalho de Darwin foi publicado em forma de livro (“A origem das espécies”) em 1859. Uma das grandes inovações introduzidas no livro é a ideia de que a evolução das espécies não ocorre de forma linear, mas sim por processos de divergência a partir de um ancestral comum. Duas espécies atuais semelhantes seriam descendentes de uma que teria existido no passado. Assim, o homem não descende do macaco, mas ambos, homem e macaco descendem de um ancestral comum. Outra ideia central do trabalho de Darwin (e que foi postulada de forma independente por Wallace) é a seleção natural.

Em 1855, Russell Wallace publicou um importante artigo, “Sobre a Lei que regulou a introdução das espécies”, enfocando aspectos biogeográficos, e concluiu que cada espécie surge coincidindo, tanto em espaço quanto em tempo, com uma outra espécie a ela associada de maneira muito próxima. Esse artigo foi um prenúncio do impactante texto publicado em 1858: “Sobre a Tendência das Variedades de se Separarem Indefinidamente do Tipo Original”.

Darwin e Wallace foram correspondentes e abordaram a questão que interessava a ambos: a origem das espécies. Dois dos princípios propostos por eles (evolução não linear e noção de seleção natural) são a base da teoria evolutiva aceita atualmente pela maioria da comunidade científica.

Mas antes de entrarmos nas ideias atuais, vejamos como a concepção de “evolução” permeia o nossa dia a dia e influencia as aulas de ciências.