Apresentação da aula


Os céus que vemos


Imagem de abertura - semana 3


Duas crianças, uma com 5 e outra com 6 anos, discutiam sobre o que aconteceria se soltassem seus balões de gás e os deixassem subir. A mais nova propôs, rapidamente que ele bateria no céu e ficaria lá, até que murchasse ou caísse. A mais velha, corrigindo a menor, afirmou categoricamente que, se ele não murchasse, subiria para sempre, pois o céu é infinito. Esse dois olhares infantis expressam formas distintas de olhar e entender o céu: um teto ou o infinito, como se fossem um pequeno Aristóteles e um pequeno Einstein debatendo.

Afinal, quantos céus existem? A resposta: quantos forem os olhares e experiências humanas possíveis. Ver e representar o céu depende das mediações e linguagens das quais conseguimos nos apropriar durante a vida. Assim, aprendemos o que é o céu quando olhamos para ele, e a cada novo olhar, permeado de novas linguagens, redescobrimos formas de representá-lo.

Nesta aula, navegaremos por algumas dessas formas, exploraremos os inúmeros olhares e suas referências contextuais.

Uma novidade nessa aula será o uso de uma ferramenta de observação do céu, o software Stellarium. Como um telescópio virtual, ele permite simular observações astronômicas, ver detalhes das orbitas planetárias, constelações, nebulosas e até outras galáxias. Ele também mostra como outras culturas organizavam as constelações no céu.

Nas atividades 1 e 2 discutiremos textos de Etnoastronomia e História da Ciência sobre a questão da representação do céu em outras culturas em outras épocas para responder ao questionário proposto. Na atividade 3, manipularemos o software para encontrar as constelações referidas nos textos e compreender melhor sua posição no céu.


!!! Recomendação: Leia todos os textos e assista a todos os vídeos antes da atividade.