2. A membrana plasmática e suas funções

A membrana plasmática (MP) está presente na superfície de todas as células, sejam elas pró ou eucariontes. Embora possam existir outras estruturas a ela associada, como a parede celular das células vegetais, a membrana plasmática é a barreira primária que controla o tráfico das mais variadas substâncias e estímulos entre os meios intra e extracelular.

A membrana plasmática envolve a célula, define sua extensão, criando um compartimento interno quantititativa e qualitativamente diverso do meio onde se encontra, adequado à manutenção de sua estrutura e às complexas reações bioquímicas que ocorrem em seu interior (Fig. 1). Tudo isto é conseguido graças a um controle estrito por ela exercido do que entra e sai da célula, através de suas propriedades de permeabilidade altamente seletivas, que dependem, em grande parte, de componentes específicos existentes na membrana.

Além disso, a MP é capaz de detectar estímulos das mais variadas naturezas do meio externo capazes de desencadear respostas fisiológicas internas diversas. Esta notável capacidade permite à célula não só responder adequadamente a variados fatores físicos ou químicos externos como possibilita a existência de uma complexa comunicação intercelular, essencial para a existência de organismos multicelulares.

A MP ancora, ainda, uma série de proteínas que atuam não só nesse transporte ou recepção de sinais, mas também como elementos estruturais e em muitas outras atividades funcionais da célula.

Ilustração das diversas funções desempenhadas pela membrana plasmática

Figura 1: Ilustração das diversas funções desempenhadas pela membrana plasmática, tais como transporte seletivo (1, 2), recepção de sinais (3), ancoramento de proteínas (4).

Fonte: BECKER, W.M. The world of the cell by. Benjamin/Cummings, Menlo Park, California. 1986.