Anatomia e mecânica da ventilação pulmonar


Como se dá o processo respiratório?


Animação   - Acompanhe a mecânica respiratória na animação a acima e depois leia o texto. Não se esqueça de fazer um esquema, colocando tudo o que você puder perceber. Como ela está em inglês o ideal é que ela seja assistida com calma e atenção pelo menos duas vezes. Uma antes e outra depois de você ter lido o texto explicativo (abaixo).

As fossas nasais são compostas por duas cavidades paralelas, que recebem o ar do meio exterior, através das narinas, e o conduzem até a faringe. Essa região contém as células sensoriais responsáveis pelo sentido do olfato, e tem como função filtrar, umedecer e aquecer o ar. As dobras internas das fossas nasais, chamadas cornetos, fazem o ar turbilhonar. Sinta isto ao inspirar!

As células de revestimento das fossas nasais e de todo o trato produzem muco – todos nós sabemos o que ocorre quando este é produzido em excesso!

A faringe tem comunicação tanto com a fossa nasal quanto com a boca, conduzindo o ar inspirado pelas narinas ou pela boca até a laringe.

O ar vindo do meio externo chega à laringe através de sua entrada, a glote, onde existe uma espécie de válvula – o epiglote –, que impede que o alimento, que também passa pela faringe, entre no sistema respiratório. Na laringe, também são encontradas as cordas vocais, que são as estruturas responsáveis pela produção de som durante a passagem de ar

Figura 3.5
Figura 3.5: Cordas vocais (faixas brancas na figura). Para emitir os sons, estas duas finas lâminas se movimentam, vibrando com a passagem do ar. Quando as cordas tornam-se mais rígidas, o padrão de som emitido muda (obs.: veja que ao fundo das cordas vocais abertas é possível ver a traquéia).



Vídeo 1: isto é o que acontece quando se diz “AHHHH” com uma câmara dentro da garganta! Você pode ver a membrana abrindo e fechando, ou ficando mais espessa ou mais fina, na dependência da qualidade do som. Como ela está em inglês o ideal é que ela seja assistida com calma e atenção pelo menos duas vezes. Uma antes e outra depois de você ter lido o texto explicativo (abaixo).

O ar vindo da laringe chega então às traqueias, que são uma espécie de tubo que contém anéis cartilaginosos, e que se bifurcam originando os brônquios. Estes, por sua vez, conduzem o ar que penetra em cada um dos pulmões.

Os pulmões são recobertos por uma pleura e compostos por dois órgãos de estrutura esponjosa com forma de pirâmide, sendo a base localizada sobre o músculo diafragma. Entre a face interna dos dois pulmões, existe um espaço chamado mediastino, no qual se encontra o coração. O pulmão direito é formado por três lóbulos e o esquerdo, por dois.

Os grandes ramos bronquiais que penetram o pulmão dividem-se em ramos sempre mais delgados (brônquios de 1ª, de 2ª e de 3ª ordem) e, enfim, nos bronquíolos. Estes formam os alvéolos, estruturas de parede muito delgada, que fazem contato com os capilares vindos da artéria pulmonar. Os alvéolos são, de fato, as estruturas responsáveis pela troca gasosa, e sua superfície total é de, aproximadamente, 80 metros quadrados em um adulto.

Em todas as partes das vias aéreas, desde as fossas nasais até os bronquíolos terminais, existe uma camada interna revestida por muco e por um epitélio ciliado. Estas regiões mucociliadas devem manter a umidade e impedir a entrada de partículas, que porventura sejam admitidas com o ar inspirado.

A base de cada pulmão apoia-se sobre o músculo diafragma, localizado entre o tórax e o abdômen. Em conjunto com os músculos intercostais, promove o aumento da caixa torácica, reduzindo a pressão interna e levando a entrada de ar nos pulmões. Já durante a expiração, ocorre o relaxamento da musculatura do diafragma e dos músculos intercostais, provocando a diminuição da caixa torácica e o consequente aumento da pressão interna, forçando o ar a sair dos pulmões.