Atividade 10
Ao final da última aula fiz um anuncio do que seria esta próxima aula.
A semana de folga foi proveitosa. Impedido de frequentar as baladas e encontrar o Senador Aécio, pude refletir com clama. Revi os planos. Antes de discutir o que se passa depois do suicídio de Vargas, temos que estudar a crise politica que levou a este desenlace, ou melhor, temos que aprender algo sobre o Segundo Governo Vargas, a sua crise e as reformas eleitorais discutidas ao longo deste governo. Isto é, a discussão sobre a adoção da cédula oficial vai ficar para a próxima aula.
Então, para esta aula, continuamos com nossa estratégia de seguir refazendo a história em dois planos paralelos. Vamos olhar a constituição do governo Vargas, sua crise e a crise que se segue. Mas isto vcs fazem por conta, buscando informações nos livros de história e nos verbetes do CPDOC.
Ao mesmo tempo vamos olhar debates parlamentares relativos a duas propostas que estão tramitando enquanto Vargas é presidente. Uma começa muito cedo, lá por 1952 se a minha memória não falha e diz respeito a instituição de um Fundo Partidário, isto é, financiamento público das despesas eleitorais. Outro é o da instituição de fotografias nos títulos eleitorais, uma proposta matreira que em última análise significaria o completo recadastramento eleitoral. O Fundo Partidário é proposto por um deputado do PTB e tem apoio de vários partidos. A segunda é apoiada mais fortemente pela UDN e já é marcada pela confrontação com Vargas pelo partido.
1. Recolha ou ache informações sobre a montagem do ministério de Vargas após ser eleito. Quais os partidos representados? Qual a relação de Vargas com o PSD, UDN e PSP? Como as disputas partidárias e regionais se combinam?
2. (Opcional) Para os interessados em um ponto específico, a criação da Petrobrás, procure informações sobre a criação da empresa e os apoios partidários que recebeu.
3. (Opicional) Procure informações sobre as idas e vindas da opinião pública e da posição dos partidos nos dias que antecedem e se seguem ao suicídio de Vargas. Há, por exemplo, a famosa história das duas edições do jornal do Partido Comunista.
4. Faça uma síntese da crise que culmina no suicídio de Vargas com ênfase nas estratégias da UDN, PSD e PSP.
5. Faça uma síntese ou cronologia dos principais eventos que se seguem ao suicídio de Vargas. Este é um período historicamente conturbado e é difícil entender a sequência dos fatos. A presidência troca de mãos três vezes. Há tentativas de golpes, algumas delas completamente surreais e há até um golpe preventivo. Veja se entende o que aconteceu.
6. No caso dos debates sobre o Fundo Partidário temos que entender duas coisas: o teor da proposta e o discurso que a justifica. Comecemos pela primeira parte: quais as principais despesas dos políticos? Quem as pagava? Quem eles queria que passasse a pagá-las?
7. O debate ou conflito tem pouco de partidário. Não há uma posição clara do PSD e da UDN por exemplo. Mas há uma divisão de outro tipo que cinde os deputados em dois grupos, os favoráveis e os contrários. Procure distinguir e caracterizar os dois grupos a partir dos debates. Recorra a passagens de um e outro lado para fazer esta caracterização.
8. Agora a parte mais difícil. Vamos tentar entender ou desconstruir ou reconstituir os argumentos dos que defendem o Fundo Partidário. Comecemos pela reconstituição do argumento básico sobre a influência do dinheiro sobre a politica e sua relação com a corrupção. Qual o argumento? Quais seus passos?
9. Agora faça a leitura crítica ou desconstrua o argumento. Onde ele falha? Onde está o passo em falso ou a gambiarra lógica do argumento? (vejam, os caras estão falando que querem acabar com a corrupção, mas o que querem é dinheiro para fazer eleitores e as eleições, e nós que somos do bem não apoiamos isto, mas tendemos a usar os mesmos argumentos para outros contextos...)
10. O debate sobre a fotografia nos títulos segue em registro partidário. Qual a posição da UDN? Qual a posição do PSD? Quais os argumentos apresentados ou defendidos por cada partido?