O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial que afeta diferentemente os países desenvolvidos e em desenvolvimento. Estima-se que no ano de 2050 existirão no mundo dois bilhões de pessoas com 60 anos e mais e cerca de 2/3 dessas estarão vivendo em países em desenvolvimento onde o Brasil está incluído sendo essa a primeira vez na história da humanidade em que ocorrerá a inversão da pirâmide populacional. Associado à transição demográfica ocorre a transição epidemiológica tornando cada vez mais presente em nosso meio as doenças e agravos crônicos não transmissíveis e suas seqüelas, muitas vezes incapacitantes. Essas transformações têm aumentado progressivamente as demandas dos serviços sociais e de saúde que nem sempre conseguem fornecer respostas satisfatórias em função da complexidade dos problemas gerontológicos e da fragmentação desses serviços. O gerenciamento do cuidado gerontológico surge como uma alternativa na otimização dos recursos existentes em busca da melhoria da qualidade assistencial prestada aos idosos e seus familiares e cuidadores. Sua utilização em nosso meio é ainda incipiente necessitando de pesquisas que auxiliem em seu aprimoramento e necessitando de pesquisadores com formação apropriada que possam contribuir para o desenvolvimento dessa área de conhecimento.