Tendo como tema a metrópole de São Paulo, pretende-se interpretar essa realidade urbana a partir de sua dimensão espacial, da qual se extrai uma construção complexa e abrangente: a urbanidade. Assim, investe-se numa abordagem internalista (espaço intra-urbano e sua inflexão sobre a sociedade urbana), em contraste com a dominante abordagem externa que dá maior atenção à cidade inscrita num espaço mais amplo (de outra escala) que ela polariza e integra dentro de um sistema. Pretende-se também analisar as inflexões sobre a urbanidade da metrópole numa perspectiva histórica ao longo do século XX, dedicando especial atenção ao caráter construtivo das imagens da cidade produzidas por diversos atores sociais. Imagens que se expressam culturalmente e em diversas linguagens, no curso exemplificado a partir de uma iconografia/cartografia “anti-urbanidade” e por meio de um cancioneiro popular “pró-urbanidade”. Essa avaliação não pode ser feita sem que se abram as interpretações para um campo interdisciplinar, ou dito de outro modo: para o âmbito de uma teoria social mais globalizante que \"afrouxe\" as fronteiras disciplinares. Por fim, a condição histórica e contemporânea da urbanidade da metrópole de São Paulo será objeto de reflexão segundo resultados práticos (sociais e políticos) na condição de vida dos seus habitantes, seguindo e definindo alguns parâmetros das espacialidades praticas por seus habitantes e as inflexões sobre essas espacialidades em razão das consequências da segregação espacial (que é econômica, que é social). Também serão avaliados alguns parâmetros de coesão política da sociedade urbana e alguns aspectos das políticas de gestão urbana.